As tendências para a próxima temporada têm cruzado as passarelas da Nova York Fashion Week. Mas o evento também é a prova de que moda vai além do que vai estar em alta nos looks dos próximos meses. Com naturalidade como palavra-chave e cada vez mais aberta à diversidade, a Semana de Moda da cidade americana colocou em evidência o trabalho de duas modelos com síndrome de Down: a australiana Madeline Stuart, de 21 anos, e a espanhola Marian Ávila, de 20 anos.
Primeira modelo profissional com síndrome de Down, Madeline descobriu aos 14 anos que sua grande paixão eram os desfiles após assistir um bem de perto. Ela, então pediu à mãe para fazer um book fotográfico que, após ser publicado online, viralizou. "Depois disso, as pessoas começaram a me contatar para fazer sessões de fotos e desfiles de moda em todo o mundo. Foi sem parar desde então e eu tive alguns anos surpreendentes. Eu modelei em NY, Londres, Paris, Rússia, Dubai, China, Uganda, Los Angeles e Austrália", contou em entrevista à revista "Teen Vogue". Este ano, ela já desfilou pelas marcas Burning Stars, Lulu et Gigi, Nonie, House of Byfield e para sua marca autoral, a "21 Reasons Why" - lançada em fevereiro de 2017. E se depender das aspirações de Madeleine, ela vai longe. "Espero um dia trabalhar com um designer realmente incrível, como Chanel, Louis Vuitton ou Versace. Meu maior sonho é andar pela Victoria's Secret", afirmou sobre o icônico desfile da marca de lingerie que para, todo ano, o mundo da moda.
E os espanhóis também tem motivos de sobra para se orgulhar do evento, no qual as cores fortes têm roubado a cena nos desfiles. Isso porque a Marian Ávila é a primeira espanhola portadora da síndrome de Down a participar da Semana de Moda. A jovem atua como modelo desde 2015 e, em seu país natal, já desfilou na Semana de Moda de Sevilha e de eventos em Valência e Madri. No ano passado, foi o rosto de uma campanha da "El Corte Inglés", rede de lojas de departamento de visibilidade mundial.
(Por Marilise Gomes)