"Sexo e as Negas", à primeira vista, prometeria ferver a tela da Globo nos próximos dias, mas a temperatura já recebeu um bom banho de água fria. Miguel Falabella, autor da nova série inspirada no seriado norte-americano "Sex and the City", admitiu que o projeto teve as cenas cortadas.
"Estamos em um tempo do politicamente correto, não esqueça isso", explicou em entrevista ao jornal "Estado de S. Paulo". Responsável pela direção da trama, Cininha de Paula reforça ao dizer que a emissora não tem a ver com as restrições impostas na história. "Na minha cabeça, não houve censura, e, sim, o meu bom gosto", afirma.
A trama é protagonizada por Corina Sabas, Karin Hils, Lilian Valeska e Maria Bia, que interpretam as moradoras da favela do Rio Cidade Alta, dispostas a experimentar diversão e prazer no tempo livre e isso inclui o envolvimento com vários homens.
Apesar de carregar no nome uma proposta mais picante, Miguel afirma que a ideia não era de polemizar: "Eu já vi as críticas na internet. Só no Brasil as pessoas falam do programa antes de assistir. Eu escolhi esse nome como uma prosódia do jeito carioca de falar, inclusive por isso não tem o 'r' em negras. Por esse motivo também tinha que ser eu mesmo falando o nome no final da vinheta. As pessoas precisam encarar com humor", contou ele, durante o lançamento da série que aconteceu no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (8). "Sexo e as Negas" estreia na Globo a partir da próxima terça-feira (16).