Michael Jackson teria morrido virgem. Para o jornalista americano Randall Sullivan, autor de "Intocável: a estranha vida e a trágica morte de Michael Jackson", biografia que acaba de ser lançada no Brasil pela Companhia das Letras, o rei do pop não se relacionou sexualmente com crianças, homens e mulheres.
"Não achei nada que me levasse a acreditar que ele teve relações sexuais. Isso não quer dizer que ele não tenha tido algum contato sexual com alguém, mas uma relação mesmo, eu acredito que ele não teve. Eu também acredito no que ele dizia sobre estar perto das crianças, que aquilo lhe permitia experimentar a infância perdida. Sei que são impulsos semelhantes aos que formam a psicologia de um pedófilo, mas não há como ser conclusivo sobre uma suposta pedofilia de Michael. Quando mil crianças testemunham dizendo que nada aconteceu, e apenas três dizem que aconteceu, me parece que há uma motivação financeira para as famílias dessas três", afirmou o autor da biografia em entrevista ao jornal "O Globo".
Colaborador e editor da revista "Rolling Stone" por mais de 20 anos, Sullivan começou a escrever "Intocável" logo depois da morte de Jackson, em 25 de junho de 2009. A ideia original era fazer um longo artigo para a revista, mas muitas perguntas apareceram. "Havia muitas contradições, muitos Michaels para dissecar. Então o livro nasceu meio que naturalmente, desse desejo de esclarecer minhas próprias curiosidades, mais sobre sua personalidade do que sobre o artista", declarou.
Vale lembrar que assim que um trecho da biografia foi publicado numa revista, os advogados de La Toya e Janet, irmãs do cantor, enviaram cartas ameaçando processar Sullivan. "As ameaças das irmãs não me incomodaram. Tenho tudo documentado, tudo o que está no livro é público", finalizou ele.