Mariana Goldfarb inspira muitas mulheres a se questionarem sobre padrão de beleza. Durante quase três anos, a modelo enfrentou distúrbios alimentares e, nesta terça-feira (20), a artista confessou ainda não ter se libertado totalmente deste problema. A mulher de Cauã Reymond citou o assunto durante um discurso sobre empoderamento feminino que rolou no evento #EuDecido, que faz parte do movimento Free Free, em São Paulo. "Ainda batalho contra a anorexia. Não é algo que acaba do dia pra noite. Mas eu acordo todo dia querendo ser eu. É tão melhor, a vida fica mais leve. Sou muito mais amada por quem importa", garantiu a artista.
No bate-papo, a modelo revelou que seguia uma 'dieta' bem restrita. "Percebi que estava passando uma realidade muito louca de que eu estava perfeita, mas estava morrendo de fome, não comia um brócolis. Isso é muito louco", salientou.
Mariana Goldfarb sempre teve uma rotina alimentar e de exercícios bem regrada, contando, até mesmo, com a participação do marido nos treinos de academia. No entanto, ela percebeu que não estava bem quando começou a ver que estava extrapolando a busca pelo corpo perfeito. "Me peguei há dois anos e meio sofrendo de uma anorexia severa porque eu queria ser amada e aceita pelos outros. E eu achava que se eu fosse magra, se eu penteasse meu cabelo de um certo jeito eu seria aceita", explicou.
Não foi tão fácil para Mariana Goldfarb perceber que estava sofrendo algum distúrbio alimentar. A modelo teve, inclusive, ajuda do marido, Cauã Reymond, para tentar notar os primeiros indícios. Porém só entendeu de verdade o que estava acontecendo quando percebeu a imagem que passava nas redes. "Demorei a acordar. Primeiro porque eu demorei pra entender minha responsabilidade com meus seguidores. (...) Acordei quando eu vi que tinha essa responsabilidade com as pessoas que me acompanham", garantiu.
Na sequência, ela ainda falou sobre a sua relação com as redes sociais. "É uma fuga enorme e vira um vício maldito de viver a vida do outro. É uma falta de se encaixar na sua própria vida e achar que a vida do outro é melhor. É um distanciamento enorme e muita gente não tem o menor comprometimento, assim como eu não tinha, com a responsabilidade para com as pessoas que estão ali", avaliou.
(Por Ana Clara Xavier)