Liliana Castro está afastada da TV desde 2019, quando atuou em "Psi". Porém, a não faz novelas ainda há mais tempo: 13 anos após se despedir da Filomena de "Ribeirão do Tempo" (2010/2011). Por outro lado, a atriz pode ser vista recentemente em "Alma Gêmea" (2005/2006), onde foi Luna, primeira mulher de Rafael (Eduardo Moscovis) e assassinada logo no começo da história, um dos maiores sucessos na faixa das seis nos últimos anos.
Com cerca de 15 trabalhos na televisão, tais mudanças não são uma novidade para a artista. A artista é filha de um diplomata brasileiro com uma química nascida na Argentina. Assim como a atriz francesa Jacqueline Laurence, morta na semana passada, Luis Gustavo, Giullia Buscacio, e Sophie Charlotte, Liliana não nasceu no Brasil: ela é equatoriana.
Até o começo de 2003, a Luna da novela de época de Walcyr Carrasco já havia morado também no Paraguai, Venezuela e Itália - hoje, reside nos EUA.
Naquele país europeu, viveu dos 5 aos 9 anos em Milão, sendo alfabetizada em inglês ao ser matriculada em escola voltada para estrangeiros. "Qualquer hora, jogo tudo para o alto e desapareço pelo mundo!", brincou em entrevista para a extinta revista "Isto é Gente". "Sou meio nômade, não consigo ficar muito tempo em um lugar só", acrescentou.
Revelada na novela "Força de Um Desejo" (1999/2000) e com outros trabalhos no currículo como "A Grande Família" (2003) e "Caminhos do Coração" (2007), foi em "Sabor da Paixão" (2002/2003), na qual foi a Laiza, onde teve sua primeira grande oportunidade na TV. Poliglota, foi incentivada pelos pais quando pequena a aprender o português através de livros e músicas.
Nas férias escolares, o destino, claro, na maioria as vezes era o Brasil. "Não tenho muitas raízes. Faço de qualquer canto o meu lar, mas o único lugar que me sinto realmente em casa é na Itália", ponderou. "Talvez sejam as pessoas, a língua. Me identifico muito com a linguagem deles, seja no cinema ou teatro", opinou.
Apesar dessa empatia com "gli fratelli" (os irmãos, em italiano), foi na capital brasileira que Liliana se encontrou com a arte. Dali ingressou na faculdade de teatro, passou por um montagem da peça "As Fúrias", do ator, diretor e apresentador Antonio Abujamra (1932-2015), e fez parte da Companhia Armazém.