Conhecida pelas constantes mudanças de visual, Ludmilla iniciou a transição capilar no ano passado e exibiu os fios naturais para a edição de julho da revista "Joyce Pascowitch". Segundo a cantora, foi difícil assumir os cachos: "Cresci achando que meu cabelo era errado, o mais feio do planeta e andava com várias pessoas que alisavam. Ter cabelo cacheado ou crespo não existia para mim. Hoje, aprendi a usá-lo e entendi que todos nós somos bonitos, basta a gente botar para fora e confiar mais na gente".
A funkeira assumiu que foi vítima de racismo no início da carreira: "Já sofri muito e ainda sofro. Teve marca que queria uma cantora para representá-la, mas por ser negra disse que eu não servia. As pessoas tentam tapar o sol com a peneira, mas ainda acontece demais. Não é mimimi!". Por causa disso, a cantora se tornou "militante" no assunto, mas admitiu que "chegou até aqui sem pensar, sou feminista, sou isso ou aquilo": "Muita gente coloca discurso em cima de mim, querem uma representatividade. Sei que a minha figura é bem importante no meu país e para várias meninas de onde eu vim, mas estou vivendo e só desejo que as pessoas sejam felizes".
No começo do ano, a cantora fez a primeira turnê pela Europa e cantou para 20 mil pessoas em Angola. A recepção no país foi bastante calorosa: "Quando cheguei ao aeroporto, me perguntaram: 'você sabe que tem um batalhão lá fora te esperando?' Era tipo estrela internacional. Estava me sentindo a Beyoncé no Brasil".
Ludmilla contou que usou o dinheiro da fama com casas no Rio de Janeiro, em Angra dos Reis, barco e jet ski. A propriedade na Cidade Maravilhossa possui boate, piscina vermelha, sala de jogos e academia: "Estou gastando minha bufunfa toda. Quando não era famosa, perguntava: 'Gente, onde os artistas se enfiam? Agora descobri: em casa!". Com o sucesso, a cantora conseguiu realizar o sonho de se hospedar no Copacabana Palace: "Eu ia para a praia e ficava olhando o hotel de longe e achava o máximo. Tem coisas que a gente acha que nunca vai acontecer... Tô muuuito chic!".
(Por Tatiana Mariano)