Indicada ao BET Awards 2022, Ludmilla comentou as falas homofóbicas feitas pela cantora gospel Bruna Karla. Em entrevista ao podcast de Karina Bacchi, a artista contou que se recusou cantar no casamento de um amigo por conta da orientação sexual dele.
Bruna Karla ainda aconselhou o rapaz a se relacionar com "uma mulher cheia do poder de Deus", justificando que ao casar-se com outro homem o rapaz estaria "escolhendo o caminho da morte eterna".
"Esse é o tipo de discurso que me embrulha o estômago e me deixa revoltada", disse Ludmilla. "Pessoas como ela, que se dizem 'porta-vozes' de Deus, descartam e fazem mal às pessoas o tempo inteiro pelo simples fato de elas serem quem elas são!", acrescentou a funkeira.
Casada desde 2019 com a dançarina Brunna Gonçalves, Ludmilla falou sobre como sexualidade não é uma escolha e questionou sobre o ódio demonstrado à comunidade LGBTQIAP+.
"Quantos de nós vamos precisar morrer gritando que isso não é uma escolha?!?", perguntou. "Mais quanto tempo vamos precisar sofrer pelo direito de amar? Amor ao próximo? Que próximo? Respeito? Pra quem? Chega de ódio. Chega de homofobia. Chega de transfobia. Nós imploramos. Chega!", disparou.
Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que declarações homofóbicas podem ser enquadradas no crime de racismo, com pena de 1 a 3 anos, podendo chegar a 5 em casos mais graves.
Ainda na entrevista, Bruna Karla comentou: "Aos meus amigos, meus ouvintes homossexuais, o que Deus tem pra sua vida é libertação, algo que ele sonhou pra você. Então receba todo o meu amor, meu respeito, porque Jesus não sonhou isso pra você".
Nesta quinta (15), o ex-BBB Gil do Vigor se posicionou contra Bruna. "De fato, quando Jesus aparecer alguém irá se envergonhar e não é seu amigo gay mas sim você por sua atitude preconceituosa! João 14 fala que Deus nos chama de amigos e a palavra amigo é forte demais para ser sustentada com base no preconceito e falta de amor ao próximo", rebateu.