Há três anos Luciano Huck sofreu um acidente de avião ao lado de sua mulher, Angélica, e dos filhos, Joaquim, Benício e Eva. Apesar de fisicamente terem saído praticamente ilesos, emocionalmente o apresentador ainda se esforça para se recuperar do trauma deixado pelo susto. Durante o "Caldeirão do Huck" deste sábado (18), Luciano foi questionado sobre um medo que carrega com ele e o comunicador não titubeou ao relembrar o acidente sofrido ao lado de sua família. "Quando você é pai, você tem uma vontade enorme de proteger seus filhos, sua família. E muitas vezes você perde o controle disso, que não depende só de você. Então, meu maior medo é de perder o controle do que posso fazer pelos meus filhos", iniciou. E detalhou: "A gente sofreu um acidente de avião, eu, meus filhos e minha mulher. E é um pouco angustiante, a gente gosta de ter a vida no controle, de você poder preservar seus filhos, protegê-los, prepará-los pro mundo, educar direito, não quer que fique doente, um monte de coisa. E, quando a gente caiu de avião, e meu filho tinha me perguntado 'pai, esse avião é seguro?' antes de entrar no avião e eu falei 'claro, meu filho, pode entrar', e o avião caiu. E aí vem aquela reflexão de você perder o controle da sua vida, de perder o controle sobre a proteção dos seus filhos, o bem-estar da sua família. Desde então eu reflito muito sobre essa sua pergunta, do que é que eu tenho medo. E eu tenho medo que algo de mau que aconteça com a minha família, com meus filhos... É isso, meu maior medo é esse", concluiu o artista, que recorreu à terapia para superar o trauma.
Dois anos após o acidente, um laudo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Comando da Aeronáutica, apontou que o avião que precisou fazer um pouso forçado com a família de Luciano Huck não poderia nem ter decolado. Segundo o documento, houve pane seca - ou seja, falta de combustível no tanque da asa esquerda aliado à incapacidade do motor da outra asa dar prosseguimento ao voo. O piloto, Osmar Frattini, e o copiloto, José Flávio de Souza Zanatto, que comandavam a aeronave, foram acusados de não terem feito o checklist obrigatório em casos de pane. Osmar, que chegou a receber ajuda financeira de Luciano Huck, se defendeu: "Eu fiz tudo certinho no checklist. O [José] Flávio [de Souza Zanatto, copiloto] que executou e ele perguntava. Não é à tona que quando eu decidi pousar eu disse que ele seria 'o meu comando' para reduzir e cortar o motor".