
Leonora da novela "Tieta", Lídia Brondi abandonou a profissão aos 30 anos em 1991, após atuar em "Meu Bem, Meu Mal" (1990-1991). Passados quase 34 anos de sua saída da TV, a psicóloga de 64 anos e mulher de Cássio Gabus Mendes continua deixando saudade e gerando curiosidade no público. Há três décadas, porém, Lídia disse que retornaria ao trabalho no meio artístico.
"Só estou dando um tempo, mas voltarei. Sem traumas, Não abandonei a carreira", contou ao jornal "O Globo" sem esticar a reportagem ao ser questionada chegando em casa. Na época, 4 de janeiro de 1995, Lídia morava no Itaim Bibi, Zona Sul de São Paulo, e era vítima de um grave boato envolvendo sua saúde. Aliás, o mesmo rumor envolveu Claudia Magno, sua colega de elenco em "Tieta" (1989-1990) e que havia falecido um ano antes e de forma precoce.
"Comentou-se que Lídia estaria com Aids. Outros diziam que ela sofre de uma paranoia chamada 'síndrome do pânico'. Outros, ainda, diziam que ela se separara do marido", relatou a publicação exatamente dessa forma e se referindo a Cássio Gabus, com quem atuou tanto em "Tieta" como em "Meu Bem, Meu Mal".

O grave rumor foi afastado pelo diretor Ricardo Waddington, com quem Lídia foi casada. "Tenho contato com ela através de nossa filha, Isadora. A Lídia está excelente. Mais maravilhosa impossível", afirmou. O pai da hoje psicóloga também negou que a filha tivesse enfrentando algum grave problema de saúde.
"Esses boatos não vêm de agora. Se minha filha tivesse qualquer problema grave, eu diria. Ela pode até ter tido algum abalo emocional, causado por estresse. Mas eu nunca vi minha filha tão feliz. Está até mais gordinha", relatou o pastor Jonas Resende, contrário à decisão da filha famosa em se afastar da atuação.
"No lugar dela, não teria deixado a carreira. Acho linda a carreira de atriz, mas ela trocou tudo por uma vida familiar, mas foi o que ela escolheu. Hoje sair da TV Globo por conta própria ficou mais difícil do que entrar", avaliou o pai de Lídia, uma das famosas do elenco que há tempos estão longe da televisão.

Bem antes disso, em 1979, Lídia afirmou em entrevista ter enfrentado problemas de saúde mental. "Saí de um mundo diferente, da igreja, sou filha de um pastor e, de repente, entrei num meio onde vale tudo. Pirei. Eu tinha um mundo e me apresentaram outro. Foi difícil. Comecei a fazer análise e a questionar meus valores", afirmou
"Já que entrei na engrenagem, quero, pelo menos, a liberdade de fazer as coisas em que acredito. E difícil, dá uma insegurança, mas sobra a minha integridade. Não quero que me suguem em pouco tempo e depois me joguem fora como uma peça sem valor. Quero o direito de dirigir minha carreira para o lado que considero mais verdadeiro", apontou a hoje psicóloga.