Mãe de Pedro, de 7 anos, e Antonio, de 4, Juliana Paes falou sobre a criação dos filhos e contou que educa os meninos para não serem machistas. "Eu sou uma mãe muito questionadora da minhas próprias atitudes. Não tenho respostas prontas para tudo o que faço. Hoje mesmo, na piscina do hotel, eu tive uma situação. Tem momentos que você pensa: 'Deixo chorar ou vou ali fazer um carinho?'. Tive uma criação super-rígida, meu pai é militar, a minha mãe professora, eu fui muito cobrada, sou a filha mais velha. Acho que a tendência da nossa geração é tentar não repetir padrões anteriores. Acho que queremos dar o que não tivemos, dar mais amor. Sou muito apaixonada pela minha mãe, mas ela não é uma mulher de 'me melar', porque ela também teve uma criação muito dura da minha avó. Mas como quebrar esse padrão sem perder as rédeas da criação? Sem transformar os filhos em crianças mimadas? Estou o tempo todo refletindo. Mas a minha principal missão como mãe de dois meninos é criar dois homens que não sejam machistas", afirmou a atriz, fã de programas em família, à revista "Le Lis Blanc".
Casada com o empresário Carlos Eduardo Baptista, com quem foi clicada na praia, Juliana falou também como vê o papel da mulher atualmente. "Eu acho que a gente conquistou muitos espaços, mas ainda tem muita coisa, ainda tem muito trabalho a ser feito. O ano de 2017 foi um ano em que o feminismo saiu da sombra e se falou muito sobre isso, para o bem e para o mal, nas rodas, nas conversas. Ouvi muitos questionamentos, mas não importa! Está se falando sobre isso, está se pensando sobre isso, uma nova forma, uma nova maneira de se comportar. Acho que está todo mundo formatando um novo status de comportamento, em função de todas essas questões que estão levantando agora", avaliou.
Dona de um corpo escultural, conquistado com muita malhação, Juliana é considerada um símbolo sexual. A artista, no entanto, comentou se isso a ajudou ou atrapalhou no início da carreira: "Eu acho que quando você tem consciência de que isso é um presente que te dão e que vai passar, e que você não pode explorar apenas esse viés da sua figura pública, quando tem consciência disso, não atrapalha, não. Quando você começa a carreira isso assusta, porque você fica com um pouco de receio de 'será que vai ser só isso, será que eu não vou conseguir provar outras facetas da minha personalidade?'. Depois fui me posicionando no trabalho, na publicidade, na minha vida pessoal, nas redes sociais, de maneira a mostrar que existe a Juliana exuberante, sim, mas existe a Juliana mãe, a Juliana que é superprofissional, a Juliana que adora fazer caridade, a Juliana que está preocupada com as causas importantes".
(Por Patrícia Dias)