A morte de Jô Soares, aos 84 anos de idade, deixou uma pergunta no ar: com quem ficaria a herança do apresentador? Jô não tinha filhos, o único filho, Rafael, morreu em 2014, e nem estava casado na época de seu falecimento. A resposta veio logo em seguida: o apresentador dividiu seus bens entre funcionários que o acompanharam durante boa parte da vida, a ex-mulher Flavia Pedras, com quem mantinha uma relação muito próxima, e a amiga Claudia Colossi.
Da herança, no entanto, não conta o apartamento que Jô viveu seus últimos momentos. Localizado no bairro do Higienópolis, cujo metro quadrado é um dos mais caros de São Paulo, o imóvel, na verdade, são dois. Jô comprou a cobertura do prédio, além do apartamento abaixo e transformou em um enorme dúplex, avaliado em R$ 7,2 milhões. Anos antes de morrer, o comunicador, vítima de complicações decorrentes da obesidade, já tinha transferido seu apartamento preferido para a ex-mulher, a quem se referia como Flavinha.
Decorado segundo os gostos pessoais do apresentador, o imóvel conta com detalhes inusitados, além de muitas obras de arte e uma coleção de 5 mil livros, doados por ele para uma biblioteca. Entre as peças que mais chamam atenção, um enorme Super-Homem, personagem preferido de Jô, decora a sala principal do apartamento, que também tinha um piano de cauda.
Jô morava no primeiro andar do imóvel, segundo informações do jornal "Extra". Nele, estava localizado o quarto do apresentador, com um ofurô "a dez passos da cama", além de uma TV. Jô também tinha em sua casa um altar para sua santa de devoção: Santa Rita de Cássia.
Na cobertura, Jô construiu um enorme espaço criativo. Era lá que o artista passava a maior parte do seu tempo trabalhando, fazendo reuniões e até recebendo alguns amigos mais íntimos. Jô também tinha um espaço destinado à pintura, que fazia como hobby, e uma poltrona feita com bichos de pelúcia pelos irmãos Campana.