Os movimentos Time's Up e #MeToo, em prol da igualdade de gênero na indústria cinematográfica, estão fazendo barulho em Hollywood. Após polêmica envolvendo disparidades salariais, como Gal Gadot em "Batman Vs. Superman" e Claire Foy em "The Crown", Reese Witherspoon convenceu os executivos da HBO a dar um fim na diferença de salário entre homens e mulheres. Atualmente, a atriz está na grade da emissora com a série "Big Little Lies" e é ativista da luta em favor do direito das mulheres.
Casey Blogs, executivo da HBO, confirmou a mudança na política da emissora em entrevista ao "The Hollywood Reporter": "Nós estudamos todos os nossos shows e acabamos de finalizar o processo no qual damos por encerrada a disparidade de salários nas nossas produções. Essa foi uma das consequências do movimento e de conversas que tivemos com a Reese". "Quando você cria um programa, as pessoas vêm com diferentes níveis de experiências e talvez algumas tenham ganhado prêmios ou algo para deixá-las em evidência. Porém, quando você chega à segunda ou terceira temporada e é um sucesso, é muito difícil justificar a diferença salarial", completou.
Em um desdobramento do #MeToo, o movimento #PayMeToo vem crescendo na Inglaterra. A intenção é encerrar a disparidade salarial entre homens e mulheres nas empresas. A campanha tem como base um relatório da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos que apontou uma cultura de assédio sexual, agressão e intimidação no espaço de trabalho e tem a intenção de igualar salário entre os gêneros. A Adidas, em união com a organização Lean In, aderiu ao movimento e lançou a campanha #20PercentCounts (#20%conta, em tradução livre). Isso porque o estudo mostra que mulheres recebem, em média, 20% a menos que o homem para realizar o mesmo trabalho. 98% dos funcionários da Adidas recebem salários iguais para o mesmo cargo. A meta é atingir 100%.
(Por Tatiana Mariano)