Desde que William Waack foi afastado do "Jornal da Globo" depois de ser acusado de racismo por um vídeo vazado na web no qual aparece fazendo comentários preconceituosos, o futuro do jornalista ainda é incerto na emissora. E, de acordo com a coluna "Zapping", do jornal "Agora São Paulo", a definição sobre o que acontecerá com o veterano acontecerá apenas em 2018.
Diante da repercussão do vídeo polêmico, que chegou a virar assunto na imprensa internacional, a Globo ainda estaria analisando duas possibilidades para Waack: pela primeira, o jornalista, recuperado de um cateterismo realizado em julho, voltaria a ser correspondente internacional depois de um período fora da TV. Mas a possibilidade do fim do contrato, por conta da "cláusula de moralidade" nele contida, também é avaliada, pois suas opiniões no vídeo poderiam ser consideradas prejudiciais para o canal.
Após estrear como apresentadora no "Jornal Hoje", Maju Coutinho foi lembrada na web como uma possível sucessora de Waack na bancada do jornal da madrugada. "A Globo acerta ao afastar William Waack. Racismo não pode ser tolerado. Melhor gesto seria a Maju apresentar o telejornal", opinou um internauta. "Agora é a chance da Globo colocar a Maju na bancada, mais justo", escreveu outro. "Maju no lugar do William Waack para dar um tapa na cara dos racistas", tuitou um terceiro.
Ex-funcionários da Globo, Diego Rocha Pereira e Robson Cordeiro foram os responsáveis pela divulgação do vídeo, filmado nos bastidores. Com medo de possíveis retaliações, os dois ficaram cerca de um ano com o material guardado. "Na época trabalhava na Globo, tentei repassar e ninguém aceitou. Meu celular foi furtado no Carnaval e perdi o vídeo. O Robson também. Ele comprou um celular novo e no backup das atualizações o vídeo voltou. Há uns dois meses atrás ele decidiu publicar", contou Diego, acrescentando que não quis lucrar com o material: "A ideia era expor e nenhum benefício de dinheiro. Se fosse isso, teríamos tentado subornar ou vender para alguma emissora".
(Por Marilise Gomes)