Franjas e meias foram as grandes protagonistas dos desfiles da Semana de Moda em Milão, outono e inverno 2019. Na passarela, grifes como Bluemarine e Roberto Cavalli investiram nas franjas repaginadas com brilho - em vestidos fluídos - ou apenas em detalhes das peças como nas mangas e golas, enquanto a Prada apostou no neon com toque futurista. Já as meias virão em diferentes formas. Soquetes ou em calças, ela promete aparecer de maneira divertida com diferentes cores, texturas e tamanhos. Emilio Pucci e Marco de Vicenzo foram as grifes que deram destaque a moda. No mês passado, Paris levantou a tendência dos quadriculados, transparência e peças de dominó.
Precisamos falar da Gucci! A marca conquistou o público com modelos segurando cabeças decapitadas, filhotes de dragões realistas e cobras em um cenário semelhante ao de uma sala de operação, enquanto espectadores assistiam a obra das cadeiras de plástico, como as de uma sala de espera. Outro motivo para a grife estar causando comentários é sua doação de 500 mil dólares, cerca de R$ 1,6 milhões, para a "March for Our Lives Gun Control Rally", uma marcha de estudantes, em Washington, nos Estados Unidos, em prol do controle de armas, após um ex-aluno de uma escola da Flórida matar 17 pessoas em ataque a tiros. "Eu estou muito comovido com a coragem desses estudantes. O meu amor está com eles e estará também no dia 24 de março (dia da marcha)", disse Alessandro Michele, diretor criativo.
A inovação esteve muito presente nos desfiles. No domingo (25), a Dolce e Gabbana, grife queridinha de Grazi Massafera, Marina Ruy Barbosa e Neymar, fotografado usando conjunto animal print de R$ 7 mil, surpreendeu ao substituir modelos por drones para exibir a nova coleção de bolsas outono e inverno. Gigi Hadid apareceu inúmeras vezes na passarela. Apostando na tendência dos looks felpudos, a loira levou consigo para a pista um filhote de buldogue inglês, roubando a cena do show no desfile da Tod's, na sexta-feira (23).
No mesmo dia, a Grinko chamou atenção ao fazer um desfile de peças em moletom com protesto pedindo o fim da agressão contra as mulheres. "Pare a violência contra a mulher", dizia a estampa dos looks. Em recentes premiações como British Academy Film Awards e o Globo de Ouro 2018, as famosas aderiram ao movimento Time's Up e investiram na cor preto como protesto contra o abuso sexual, assédio sexual em Hollywood e desigualdade de gênero.
Na Prada, a modelo Anok Yai fez história ao ser a segunda mulher negra a abrir um desfile da marca, realizado na quinta-feira (22). A primeira vez foi em 1997, com Naomi Campbell. A marca trouxe um clima futurista para a passarela com looks com plástico e tule com cartela de cores fluorescente. No mesmo dia, a Moschino também deu o que falar ao transformar as modelos em Jacqueline Kennedy e Marilyn Monroes. Looks em linhas retas, muito usados pela ex-primeira dama dos EUA, ganhou sensualidade com brilho e cetim, recordando o estilo usado pela estrela de cinema de Hollywood.
(Por Rahabe Barros)