Crô, personagem de Marcelo Serrado na novela "Fina Estampa", continua dando o que falar. Depois do sucesso na trama de Aguinaldo Silva servindo a sua idolatrada rainha do Nilo, o mordomo conquistou espaço em programa de rádio e nas telas do cinema, com previsão de estreia para novembro. O diretor do longa-metragem, Bruno Barreto, falou em entrevista à revista "Veja", publicada nesta segunda-feira (6), a respeito do protagonista.
"A opção sexual de Crô está explícita, não vai ter beijo gay porque é desnecessário. O filme é sobre relações de poder e submissão", disse Bruno. E continuou: "Crô é uma mistura de Jerry Lewis e Charles Chaplin. Vou usar o mecanismo de humor visual adotada pelos irmãos Cohen. Vai ser uma espécie de 'Downton Abbey' brasileira", explicou o diretor, fazendo referência à série britânica sobre as relações entre patrões e empregados na Inglaterra do início do século XX".
No filme, após a morte de Tereza Cristina, Crô se muda para São Paulo com a empregada doméstica Marilda (Katia Moraes) e o motorista Baltazar (Alexandre Nero). Cansado da vida de milionário, sai em busca de uma nova patroa e acaba escolhendo Paloma (Urzula Canaviri). A cantora Ivete Sangalo, encantada com a profissão de atriz, interpreta a mãe de Crô, encarnando uma "Jocasta terrível". Carolina Ferraz, substituta de Carolina Dieckmann, que recusou o papel, e Milhem Cortaz também integram o elenco.