Juliana Leite participou "Big Brother Brasil 4", em 2004, e garantiu o terceiro lugar no reality show. Mais de dez anos após o programa - no qual viveu um romance com Marcelo Dourado, considerado o vilão daquela edição -, ela viu seu nome envolvido em um escândalo político nos Estados Unidos, onde vive atualmente. A advogada e corretora de imóveis conversou com Renata Ceribelli para o "Fantástico", da TV Globo, no último domingo (10) e disse que seu nome está "livre" na história.
A ex-BBB teria tido um envolvimento amoroso com o médico americano Salomon Melgen, que atualmente está preso por fraude ao sistema público de saúde. O amante de Juliana teria contado com a ajuda do senador Robert Menendez, do estado de Nova Jersey, para facilitar a emissão de vistos americanos para ela e mais três mulheres. Melgen é financiador da campanha política de Menendez, que responde a um processo por fraudes, corrupção e tráfico de influência.
"O meu nome está livre. No momento, está livre. E eu fui envolvida em uma coisa sem nem saber. Por isso que eu resolvi falar com o 'Fantástico' para clarificar isso. E realmente eu não preciso me preocupar. Ele é que tem que estar se preocupando, porque ele tá preso, coitado", disse na entrevista, ao se referir ao médico, com quem afirmou ter mantido um relacionamento de poucos meses antes do "BBB". "A gente ficou junto entre três e quatro meses, naquela época. E aí, eu voltei para o Brasil para poder fazer a entrevista para o 'Big Brother'", contou Juliana.
Juliana confirma que médico financiou parte de seus estudos com ajuda de ONG
Poucos tempo após sua participação no "BBB", Juliana se formou em Direito no Brasil e recebeu uma ligação do médico, em 2008 . "Ele falou: 'e aí, você já se formou?'. Eu falei: 'sim, me formei, estou licenciada'. 'Eu queria te fazer uma proposta. Você se interessaria em, de repente, fazer uma especialização nos Estados Unidos?'. E foi aí que eu decidi morar nos Estados Unidos", relatou ao "Fantástico".
Juliana garantiu que não sabia que Melgen tinha pedido uma ajuda ao senador na obtenção do seu visto de estudante. Segundo ela, "Pelo o que eu entendo, ele é muito amigo desse senador. É uma amizade que tem mais de vinte anos. Ele deve ter pedido para que saísse um pouco mais rápido", afirmou. Perguntada por que o médico faria o pedido sem comunicá-la, Juliana respondeu: "Pois é. Eu não sei. Talvez por vergonha?". "Vergonha de quê?", questionou Renata Ceribelli. "Não sei, porque ele me conhece, eu ia falar para ele: 'Para que que você vai fazer isso, sendo que não precisa?. Não precisa a minha aprovação. A minha aplicação está extremamente dentro de todos os parâmetros da faculdade. Para quê que você vai fazer isso?'", justificou.
Além da ajuda no visto, Melgen pagou metade dos estudos de Juliana, através de sua fundação. A jornalista quis saber se Juliana não poderia arcar sozinha com os custos da faculdade. "Sim, eu tinha condições, eu ganhei bastante dinheiro com o 'Big Brother'". "Mas essa ONG dele é para pessoas que não podem custear os próprios estudos", devolveu Renata. "Sim. Isso é o que já está sendo discutido no processo que ele está sendo acusado agora. Mas até então, se ele estava me propondo trabalhar para ele, e me ofereceu para custear metade dos meus estudos, eu achei, 'tudo bem'. Eu aceitei e fui estudar".
Ex-BBB diz que não sabia que médico era casado quando se envolveu com ele
Juliana também comentou seu relacionamento amoroso com Salomon Melgen. "Nós tivemos um breve relacionamento quando eu voltei, em 2007, 2008. Mas eventualmente eu fiquei sabendo que ele era casado. E eu terminei e falei que o nosso relacionamento, a partir de agora, tem que ser uma coisa profissional. E ficou uma amizade", garantiu, ela que chegou a conhecer o senador Menendez. "Eu acho que eu posso dizer que estive com ele umas cinco vezes ao longo de todos esses anos".
A advogada foi acusada de ser garota de programa pela imprensa americana, já que faz viagens a trabalho e foi investigada pelo FBI por isso. "Na verdade, essas minhas viagens, eles estavam com algum receio de que eu tivesse, de alguma forma, escondendo o dinheiro dele. Eu fui a Hong Kong visitar um cliente. 'Ah, você foi a Hong Kong, você está levando...' Como se estivesse levando de alguma forma, escondendo dinheiro para ele", contou.