Apesar de já batida, a palavra empoderada é uma boa definição para a cantora e atriz Cleo, que está no ar na novela "O Tempo Não Para". Em entrevista exclusiva ao PurePeople, a filha da atriz Gloria Pires chegou causando frisson usando camiseta levemente transparente, com a logo da empresa que representa, e sem sutiã, ela mostra com sua atitude as razões pelas quais é considerada uma das mulheres mais sexies da televisão. No Carnaval, por exemplo, a atriz causou frisson ao ser fotografada apenas com adesivos colados nos seios. Num dia friozinho em São Paulo, ela optou por complementar t-shirt com um casaco "bem quentinho" da marca All Saints, uma calça esportiva e sapatos de salto alto, além de unhas de gel alaranjadas, segundo ela, com assinatura da especialista Eliane Sampaio.
"Na vida é sempre legal a gente poder mudar o que quer ou pode mudar, e aceitar o que não pode mudar", diz, ao ser questionada sobre sua satisfação com a própria aparência. Cleo não tem problemas em dizer que já fez plástica no nariz, parte do corpo com a qual era infeliz. "Foi uma coisa que me ajudou muito com a autoestima. Se eu não pudesse fazê-la, eu teria que lidar de outra forma. A autoestima toca de maneiras diferentes em cada pessoa. Tem gente que quer permanecer da forma como nasceu e outras querem melhorar o que Deus fez", afirma. "A gente tem que abraçar nossa própria causa e se gostar, antes de qualquer coisa".
Conhecida pelas imagens provocantes postadas em sua conta de Instagram, como a do videoclipe lançado recentemente, Cleo se mostra uma defensora da igualdade de gêneros e luta para naturalizar a exposição do corpo, condenando a mania que o ser humano tem de rotular as pessoas. Ainda assim, a cantora e atriz é considerada um ícone de beleza e tem um estilo e uma sensualidade que são objetos de desejo de muita gente. "Sempre achei que poderia ser o que eu era, ou o que quisesse ser, e não o que queriam que eu fosse", diz a respeito do assunto. "Não pensava muito nisso antes. Quando, mais velha, comecei a entender essa coisa de rotular. A repressão e a opressão que sofremos, comecei a me rebelar contra esses rótulos. A gente às vezes acaba se encaixando por querer ser aceito. Eu também quero ser aceita! Mas para mim é mais importante eu me aceitar do que ter essa aceitação dos outros", completa.
Essa liberdade de ser quem quiser (e se vestir de acordo!), Cleo atribui à sua criação que, segundo ela, sempre foi muito livre. "Fui criada pela minha avó materna e tive muita liberdade. Minha mãe trabalhava muito. Era uma mulher independente, solteira, e tinha uma filha para cuidar. Ela também encontrou pessoas interessantes ao longo da vida e eu estava perto disso. Então, fui criada achando que eu sou mulher e posso ser o que eu quiser!", conclui.
(por Deborah Couto)