Quase um mês após o nascimento de Manuela, Eliana começou a voltar à rotina depois de passar por complicações nos primeiros meses de gravidez. Nesta quinta-feira (5), a apresentadora, afastada de seu programa do SBT, refletiu sobre pausar a vida pelos filhos com um texto da blogueira Fernanda Marques em seu Instagram. "Pausar a vida pelos filhos... Fiquei pensando em quantas vezes, desde que me tornei mãe, já escutei a frase 'não pause sua vida pelos filhos, pois eles um dia crescem'; como uma forma disfarçada de menosprezar a dedicação materna. Cria-se o filho pro mundo, todo mundo diz. As asas, as benditas asas. Eu sei, você sabe. Não pausar a vida. Ideia curiosa essa já que ser mãe é viver eternamente de pausas. Por 9 meses, pausa o vinho. Por aproximadamente 40 dias se pausa a vida sexual."
A apresentadora, que comemorou os primeiros dias com Manuela, listou todas as pausas que as mães precisam fazer pelos herdeiros na maternidade: "Por muitas e muitas noites pausa o sono, pausam a reunião de trabalho, a ligação importante, a oportunidade profissional. Pausa a poupança, porque juntar dinheiro fica difícil. A gente pausa as refeições e os banhos. Pausa os planos de viagens, as saídas com as amigas, as idas ao cabeleireiro. A gente pausa o coração na preocupação e pausa a própria vida pra respirar a deles. Criar para o mundo. O que isso seria? Suponho que minha mãe me criou 'para o mundo', sempre me dando asas. Fui conquistar esse mundão para o qual a minha mãe me criou. Mas a verdade é que eu nunca deixei de ser dela. Um pedaço dela. Um produto dela".
Para finalizar a postagem, Eliana refletiu que é nos momentos íntimos com os filhos que os laços são criados: "Então eu penso, enquanto tomo meu chá e com saudades da minha mãe, que filhos não são do mundo. Nossos filhos são nossos! Eles vieram da gente e voltam pra gente de novo e de novo. Mesmo estando longe, eles são nossos. Nossos pedaços. Nossos produtos. Os produtos de todas as nossas pausas. Porque é na pausa que fortalecemos o vínculo, é na pausa que construímos as memórias. É no pausar da vida, nesse incessante viver pelo outro, em meio às dores e sacrifícios que, como mulheres, muitas vezes nos vemos plenas; e mais do que isso, nos vemos mães".
(Por Tatiana Mariano)