Fernanda Montenegro terá sua vida retratada em um documentário. A atriz, que vai estrelar um filme com Bruna Marquezine, aceitou a proposta do diretor Pedro Waddington, filho do genro, Andrucha Waddington, marido de Fernanda Torres.
Segundo informações da revista Veja, o diferencial para Fernanda aceitar a empreitada foi a promessa de que o conteúdo passearia sobre sua trajetória sem retratar sua vida pessoal.
"A gente não mostrou nada para ela, mas combinou certas coisas. A gente falou que não seria um documentário sobre a vida pessoal dela, mas sobre esse processo do que é ser atriz", diz Pedro. "O que ela mais queria mostrar era o que a gente tem contato, de mostrá-la na ativa. Como criadora, atriz, na Academia Brasileira de Letras", completa Luísa Barbosa, produtora executiva do documentário.
Outra condição de Fernanda é que não houvesse perguntas predefinidas e as entrevistas fluíssem na base do improviso. Nas gravações, a atriz tem falado à vontade. "Todo mundo que a dirige tem menos desafios do que o normal. Se você pensa numa pergunta, ela já vem com cinco respostas", conta Pedro à Veja.
Alheia a homenagens, Fernanda já recusou convite para ser enredo de escola de samba, para tributos de festivais de cinema e, também, para outros documentários.
Este não será o único produto audiovisual para contar a trajetória de Fernanda. A TV Globo exibe, nesta quinta-feira (17), o especial "Tributo" em homenagem à gloriosa atriz. O projeto já celebrou a obra de diversos veteranos da dramaturgia brasileira.
"Sou, ao mesmo tempo, Arlette Pinheiro Monteiro Torres e Fernanda Montenegro. Uma é a chamada de uma arte, de uma profissão. A outra, sou eu de porta fechada, sólida, dentro de casa. Será que isso é sadio? Não sei! Mas é desafiador. E já que estou com essa idade, tenho sobrevivido", revela Fernanda.
O especial também traz depoimentos de pessoas importantes para a vida e a carreira da estrela, como a filha Fernanda, que rejeitou recentemente o convite para o remake de "Vale Tudo".
"Ela é um ser totalmente do presente. E trabalha mais do que nós todos: é chamada para filme, novela, peça, debate e comerciais. É requisitadíssima. E dá conta. Ao mesmo tempo, há atrás dela uma corrente de pessoas e de experiências. Como traduzir isso? Talvez seja o preço de viver muito, lucidamente", afirma a atriz do filme "Ainda Estou Aqui".