Dira Paes teve a carreira reconhecida ao ser homenageada com o Troféu Oscarito, entregue desde 1991 para grandes atores e atrizes do cinema brasileiro, na cidade da Serra do Rio Grande do Sul, onde looks preto e branco reinaram no tapete vermelho, na noite de sexta-feira (25). "Me sinto numa responsabilidade e passa um filme na minha cabeça, onde eu penso que devo tudo ao cinema brasileiro. Tudo, tudo, tudo. Inclusive a minha família", discursou. Vestida de Anahy, personagem do longa "Anahy de Las Missiones", Araci Esteves surgiu no palco: ela chamava pela filha Luna, papel que foi de Dira há 20 anos. Da plateia, a atriz levantou e foi ovacionada. "Que noite linda. Vocês querem me matar de emoção. Uma salva de palmas para maior atriz gaúcha de todos os tempos", pediu.
Emocionada, Dira dedicou o prêmio à família. "Que venham mais 33 anos de carreira. Eu dedico esse prêmio para a minha família, ao meu marido, que não está aqui, está cuidando do nosso filho pequeno. Essa noite vai entrar como uma das noites mais felizes da minha vida. Muito, muito obrigada", agradeceu a artista, que chegou acompanhada da mãe, Flor, e do filho mais velho Inácio, de 9 anos. Na quarta-feira (23), Camila Pitanga e o pai, Antonio, cuja trajetória virou tema do documentário "Pitanga", também marcaram presença no evento.
Ainda no 45° Festival de Cinema de Gramado, Dira fez um apelo para políticas de incentivo à produção audiovisual no Brasil. "Peço que tanto o ministro da Cultura quanto o presidente da República possam pensar e discutir políticas nacionais com os profissionais do audiovisual brasileiro. A gente sabe o que é bom para o cinema brasileiro. Graças aos festivais de cinema, a gente fala, convive e discute sobre isso", falou ao "G1 Rio Grande do Sul". Dona de uma carreira longa e versátil, Dira tem 41 filmes no currículo, entre curtas e longas-metragens. Além disso, são 33 anos de trabalho dedicado à dramaturgia.
(Por Patrícia Dias)