
Encontrada morta em cadeia de Guaíba (RS) e acusada de envenenar a farinha usada no preparo de um bolo, Deise Moura dos Anjos, 39 anos, estava presa desde o dia 5 de janeiro e havia sido transferida de penitenciária há exatamente uma semana. Três pessoas da mesma família morreram ao consumir o doce: a mãe, a avó e a madrinha/tia-avó de uma criança de 10 anos.
O menor também chegou a ser internado, mas já deixou o hospital. Há pouco mais de um mês, a polícia gaúcha divulgou uma bizarra mensagem escrita por Deise a um familiar, cuja identidade foi preservada. "É bem provável que eu não vá para o paraíso", afirmou um mês antes do crime, executado na tarde da véspera do Natal.
Além disso, a contadora fez um pedido ao parente. "Quando eu morrer, cuida do meu filho e reza bastante por mim". O Samu chegou a ser acionado para socorrer Deise, porém já lhe encontrou sem vida.

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Há a suspeita de que a acusada tenha praticado contra si mesma o enforcamento. Deise que teria misturado arsênio à farinha também foi acusada de possível participação na morte do próprio sogro, em setembro de 2024, por "infecção intestinal".
O idoso morreu ao ingerir bananas e leite em pó, entregues pela nora. A delegada Sabrina Deffent afirmou que a acusada tentou cremar o corpo de Paulo dos Anjos, porém não teve sucesso. Depois, apontou as enchentes que devastaram o Sul do país como causas do envenenamento das frutas.

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"Acho que precisamos rezar mais, aceitar mais, e não procurar culpados onde não tem. São só os momentos que Deus nos reserva, e isso sim não tem volta, nem polícia, nem perícia, que pode nos ajudar a desvendar, alegou Denise para Zeli, sua sogra e responsável por fazer o bolo com o desconhecimento do veneno.
O delegado Marcos Veloso afirmou ter fortes indícios de que Denise tentou matar outras três pessoas e teve participação em algumas tentativas de assassinatos. "A gente não tem dúvidas de que se tratava de uma pessoa que praticava homicídios e tentativas de homicídios em série, e que durante muito tempo não foi descoberta e tentou apagar provas que pudessem levar a atribuição de culpa à ela", frisou Sabrina.