Como cuidar da pele ressecada no inverno? Esse é um incômodo muito comum nessa estação do ano. Temperaturas caindo e clima mais seco são os fatores que contribuem para a perda do viço, principalmente se estiverem aliados a banhos quentes, hidratação inadequada, entre outros descuidos do dia a dia. E quando se trata de pele madura, é importante redobrar a atenção usando os produtos certos, já que os efeitos costumam ficar mais visíveis.
A médica dermatologista Karla Lessa esclarece alguns erros comuns e compartilha 4 conselhos simples para devolver a vitalidade e a saúde facial no inverno. A doutora reforça ainda sobre a importância de desconstruir o mito de realizar a limpeza excessiva da pele.
De acordo com a Dra. Karla Lessa, é importante controlar o hábito de lavar o rosto mais de duas vezes por dia. "É comum as pessoas acharem que pode ajudar a diminuir a oleosidade, que esfoliar a pele muitas vezes ajuda a desobstruir os poros, mas isso na verdade acaba trazendo malefícios", afirma a profissional.
Ela explica que o excesso da higiene facial com sabonete ou no uso de máscaras faciais secativas alteram a barreira de proteção da pele. "E geram um aumento da produção de oleosidade por um 'efeito rebote'. Isso acontece quando a pele fica mais suscetível ao ressecamento e, como uma reação de compensação, já que entende que sofreu alguma agressão, geralmente produz mais sebo", explica.
Para conquistar uma pele uniforme e hidratada, além de manter o hábito de beber 2 litros de água por dia, a alimentação equilibrada também é um fator essencial. A dermatologista alerta sobre alimentos ricos em açúcares: "Eles causam glicação, que é um grande fator de envelhecimento cutâneo."
Mas o que é a glicação? É um processo que une uma molécula de glicose a uma de proteína, entre elas estão o colágeno e a elastina. Essas proteínas têm a função de manter a pele mais firme e a união faz com que a proteína quebre, resultando na formação de rugas, perda de elasticidade e de tônus.
"Ainda há pessoas que podem ter menos colágeno pela exposição excessiva à radiação solar, poluição e o estresse do dia a dia. Uma boa noite de sono, a hidratação correta e uma dieta baseada em frutas e verduras ajudam bastante a estimular essa proteína", recomenda ela ao listar outros fatores que contribuem para o envelhecimento da pele.
A Dra. Karla Lessa indica a suplementação a partir dos 30 anos. "Uma suplementação rica em antioxidantes, vitaminas, minerais e, em especial, colágeno, é super bem-vinda, já que a partir dessa idade, começamos a perder essa proteína progressivamente."
E alerta que após os 50 anos costuma indicar aos seus pacientes: "Considero esse tratamento essencial. Mas isso também vai depender do tipo de pele, grau de flacidez e dos hábitos de vida de cada paciente."
Os bioestimuladores de colágeno estão entre os procedimentos estéticos sugeridos pela médica. "Indico os bioestimuladores de colágeno injetáveis e, conforme a idade do paciente avança, gosto de aumentar o aporte de colágeno com essa suplementação oral. Assim, é possível promover um aumento da espessura dérmica e contribuir para a firmeza da pele. Não é barato, mas vale o investimento", conclui.