O corpo de Roberto Gómez Bolaños, morto na última sexta-feira (28), aos 85 anos, foi enterrado na tarde desta segunda-feira (01), na Cidade do México. O sepultamento aconteceu no cemitério Panteón Francés de La Piedad, pouco depois das 16h (horário de Brasília), e foi restrito a familiares e amigos do criador dos personagens "Chaves" e "Chapolin".
"Descanse em paz, pai. Já lhe foram revelados os mistérios dos sábios, você já viu o rosto de Deus", disse uma das filhas de Bolaños, segundo o jornal mexicano "El Universal". Triste, mas tranquila, Florinda Meza, intérprete da personagem Dona Florinda e viúva do humorista, foi consolada por amigos ao chegar ao cemitério. Fãs aguardaram o enterro do lado de fora.
Velório de Bolaños aconteceu no Estádio Azteca
O velório de Roberto Gómez Bolaños foi realizado no domingo (30) no famoso Estádio Azteca, na Cidade do México. O corpo do humorista foi levado em cortejo fúnebre de Cancún, balneário mexicano onde ele morreu, para a capital do país. O caixão foi protegido por uma redoma de vidro e, ao lado, foram colocadas estátuas de bronze dos personagem Chaves e Chapolin.
A cerimônia no estádio emocionou muitos fãs de Bolaños, que nos últimos meses precisava de auxílio de tubos de oxigênio para respirar. Um altar foi construído no meio do campo, com uma cruz gigante posicionada entre fotos de Bolaños quando era mais novo.
Rodrigo Scarpa, o Repórter Vesgo do "Pânico na Band", foi ao local fazer a cobertura do velório para o humorístico e se emocionou. "Sem palavras para poder descrever o que está acontecendo aqui. É uma emoção muito forte para quem é fã. Eu não consigo falar, desculpa. São momentos em que você lembra da sua infância", disse ele, chorando.
Missa marcou reencontro após 35 anos
No sábado (29), foi realizada uma missa em homenagem a Roberto Gómez Bolaños na sede da emissora mexicana Televisa, responsável pela exibição dos seriados criados pelo humorista. Na cerimônia, estiveram presentes Edgar Viver, intérprete do personagem Seu Barriga, e Carlos Villagrán, o Kiko.
Na missa, Villagrán encontrou Florinda Meza, após 35 anos, e a abraçou. Sua ida à cerimônia não era esperada, já que ele e Bolaños estavam brigados devido a uma disputa pelos direitos autorais envolvendo o personagem Kiko. Em entrevista ao "Pânico na Band", o humorista comentou o reencontro com "Dona Florinda".
"Foi um abraço de condolência, um abraço que se dá em familiares. Dei um abraço e disse: 'Deus acompanhe sua dor'. Foi totalmente normal", garantiu Villagrán. "Acredito que os países em que estivemos com o programa 'Chaves' também devem estar luto pela morte desse gênio. Nos despedimos de um mestre, de um gênio, um artista que criou um programa que ultrapassou fronteiras", completou ele, se referindo ao ex-companheiro, cujo estado de saúde antes da morte era considerado crítico.