A seleção feminina do Brasil está passando por uma fase complicada. Se perder ou empatar a partida contra a Jamaica, nesta quarta-feira (02), a equipe estará eliminada da Copa do Mundo 2023. Em uma coletiva realizada nesta terça-feira (01), Marta se emocionou ao relembrar seu início do futebol e garantiu que o Brasil passará da fase de grupos no mundial.
Ao lado da técnica Pia Sundhage, Marta falou sobre a possibilidade de voltar para casa mais cedo do que o esperado na competição. "Lógico que o jogo vai ser nervoso, porque é um jogo de mata-mata. Para nós, começou antes do previsto. Temos uma equipe qualificada, mas são jogos de grandes competições. Estamos jogando uma Copa do Mundo, temos que estar preparadas para tudo. Para nós que já vivemos esse momento, temos que estar preparadas. Amanhã é um jogo decisivo, e não queremos voltar para casa cedo. Queremos continuar na competição", disse.
Um trecho em especial chamou a atenção nas redes sociais. Nele, Marta destacou a importância da insistência das jogadoras mulheres em permanecerem no futebol, mesmo sem a atenção devida do público e dos patrocinadores. Além disso, a jogadora, que está em sua última Copa do Mundo, chorou ao relembrar o começo de sua carreira, quando ainda não tinha referências de nomes no futebol feminino.
"Sabe o que é legal? Eu não tinha uma ídola no futebol feminino. Vocês (imprensa) não mostravam o futebol feminino. Como eu ia entender que eu poderia ser uma jogadora, chegar à Seleção, sem ter uma referência? Hoje a gente sai na rua e os pais falam. 'Minha filha quer ser igual a você'", começou a jogadora.
"Hoje temos nossas próprias referências. Não teria acontecido isso sem superar os obstáculos. É uma persistência contínua. A gente pede muito que a nossa geração continue assim. A vovó que torce pro Corinthians. A gente fica feliz em ver tudo isso. Há 20 anos, em 2003, ninguém conhecia a Marta. Em 2022, viramos referência para o mundo inteiro. Não só no futebol, mas no jornalismo também. Hoje vemos mulheres aqui, o que não tinha antes. A gente acabou abrindo portas para a igualdade", finalizou.