Aos 18 anos, Isabel Veloso luta há três anos contra um câncer de Linfoma de Hodgkings e já viu a doença entrar em remissão, retornar e entrar em fase terminal, segundo seus relatos. A influencer vem compartilhando sua rotina e há algumas semanas revelou estar grávida, o que gerou ataques na web.
Médica que cuida de Isabel e a quem orientou a evitar uma gestação por conta do linfoma, Melina Branco Behne atualizou o estado de saúde da paranaense. E as notícias são positivas dentro do possível. "O quadro clínico da Isabel está estável, o tumor está pequeno, com crescimento estagnado (...). A Isabel não está em estágio terminal! E sim, apenas, sob cuidados paliativos", afirmou ao gshow.
"E ainda com o controle importante dos sintomas que ela sentia - que eram dores e falta de ar", prosseguiu a profissional, acrescentando que o conselho de evitar uma gestação era quando o quadro de Isabel estava mais frágil.
"Quando eu e a Isabel conversamos sobre gestação, ela não andava por causa da dor no corpo e usava oxigênio devido a falta de ar. A orientação foi de não engravidar porque os sintomas poderiam piorar. E ainda: seria mais difícil controlá-los porque durante a gestação alguns medicamentos são contraindicados", relatou.
Nesses três anos, Isabel perdeu os cabelos, os viu crescer novamente, passou por sessões de quimioterapia, radioterapia, e foi submetida a cirurgias, sendo que em uma delas quase perdeu a vida. Mesmo assim enfrenta a desconfiança de alguns internautas em relação à sua saúde.
Melina ressaltou que os procedimentos aos quais a jovem passou não irão afetar no desenvolvimento do bebê. "Agora, o que a Isabel está sentindo são as ânsias e os vômitos, comuns no início da gestação", prosseguiu a médica pós-graduada em cuidados paliativos.
Melina relatou ainda que Isabel preferiu interromper o processo quimioterápico. "Ela está em acompanhamento paliativo porque teve retorno da atividade tumoral e efeito colateral das quimioterapias realizadas. A Isabel ficou com neuropatia periférica, gerando dores fortes e crônicas. E, com isso, decidiu não continuar mais o tratamento quimioterápico", explicou.
Cuidados paliativos são quando os pacientes passam a receber uma atenção para melhorar a qualidade de vida. Já estágio terminal é quando não há mais nada a ser feito.