Giovanna Ewbank fez um desabafo emocionante durante palestra no Centro Universitário FAG, em Cascavel, no Paraná, nesta quarta-feira (02). Abrindo seu coração, a youtuber afastou de vez os rumores de que seja estéril e voltou a explicar a decisão de adotar Títi e Bless, o mais novo integrante da família. Ao público, a loira deu lições de maternidade e criticou o preconceito.
Segundo Giovanna Ewbank, perguntas constrangedoras são proferidas à ela diversas vezes. Ao público presente, ela pontuou algumas das frases que mais costuma ouvir das pessoas. "'Por que adoção?', 'Como uma mulher vem ao mundo e não quer gerar um ser em seu ventre?', 'E os filhos de vocês, vem quando?', 'Nossa, ela é tão linda. Ela tem mãe?', 'Como seus filhos são fofos, Gio. Eles têm família?'. Essas são algumas das perguntas que uma mãe que tem um filho não biológico escuta todos os dias", lamentou ela, que também possui cães adotados.
Com 33 anos recém-completados, a mulher de Bruno Gagliasso disse sentir ainda mais a cobrança para engravidar. "Eu sempre fui uma mulher que achava que o relógio biológico nunca ia despertar. Eu nunca havia pensado em ter filhos e isso veio com muitos questionamentos, críticas e também muita pressão de alguns amigos e família", iniciou.
Para a mãe de Títi e Bless, o machismo está presente a cada vez que a perguntam sobre sua decisão de não engravidar, já que o marido não ouve indiretas ao respeito: "Eu comecei a ser questionada do por quê eu optei pela adoção – sim, porque foi uma opção, da qual eu me orgulho muito. Mas como toda escolha feminina, ela veio cheia de questões do tipo: 'Tadinha! Mas ela já é casada há tanto tempo e não tem filho?'. E junto com isso eu li e ouvi que era estéril. Não, gente. Eu não sou estéril e nem o meu marido. Mas obviamente a dúvida sobre esterilidade veio sobre mim, que sou mulher".
Muito emocionada, Giovanna chorou ao falar sobre seu primeiro contato com Títi e sobre o mundo materno. "A sociedade nega que uma mulher não queira explodir sua barriga de vida. E acreditem: existem diversas outras maneiras de explodir vida na gente. A minha vida mudou completamente desde que os meus filhos entraram nela. Mas hoje eu vou falar mais especificamente do meu primeiro contato com a maternidade, que foi com a minha filha, Chissomo. Tudo na minha vida mudou desde a primeira vez que eu a vi, que eu abracei ela. Eu me lembro até hoje da sensação, desse engasgo na garganta, e do meu corpo trêmulo pensando: 'Meu Deus, o que é isso que eu tô sentindo? Que sentimento é esse? Eu encontrei a minha filha e a minha filha me encontrou", disse.
(Por Rahabe Barros)