O carnaval 2024 da Bahia nem começou e já tem sua primeira polêmica após o governador daquele estado, Jerônimo Rodrigues, sancionar a lei que proíbe as tradicionais pistolas de água durante os dias do reinado de Momo. Há três anos, uma outra polêmica surgiu após fala controversa do prefeito da capital.
A lei fora aprovada pela Assembleia baiana após projeto de Olívia Santana (deputada do PCdoB) e determina que blocos e outras organizações adotem meios para impedir as pistolinhas de água ou outros líquidos e similares. Para isso, vão precisar divulgar campanhas educativas e os infratores poderão ser penalizados, de acordo com a "Folha do Estado".
Mas que motivo levou o estado a proibir a arma de brinquedo? Acontece que em 2023, uma mulher foi cercada por integrante do bloco "As Muquiranas" e a acertaram com vários jatos de água, o que foi configurado como assédio, o mesmo que acontece com a campanha "Não é não!".
Depois, o grupo e o Ministério Público estadual fizeram um acordo para combater o assédio contra a mulher. O "As Muquiranas" afirmou que não vai fazer a distribuição de nada que possa disparar água e similares, além de usar seus carros de som para alertar os foliões contra o uso da pistola de brinquedo.
Nas redes sociais, alguns internautas aprovaram a medida. "Pensem: no bloco lotado, onde vocês acham que eles enchem d'água?", questionou um. "Molham mulheres que não querem beija-los, molham bundas de mulheres, fora o assédio e coisas do tipo", completou outro.
"Eles já me encurralaram e eu saí encharcada. Foi horrível, total desrespeito", recordou mais uma. "Amém", "não respeitam ninguém" e "cansada de tomar jato dessas pistolas na cara e quando fazemos cara feia ou repreendendo, junta um monte de sem noção pra tacar mais água ainda. Quase perdi meu óculos" foram outros comentários a favor da lei.
Porém teve quem discordasse: "Não vai ter graça" e "tirou a tradição do bloco. Estou imaginando esse ano um calor da jeans graça sem uma gota de água no percurso todo".