Em "O Outro Lado do Paraíso", Caio Paduan sofre ao ver a discriminação de sua família com a namorada por ela ser empregada doméstica e negra. Em entrevista ao "Encontro", o ator não conteve a emoção e chorou ao lembrar que sua irmã e o cunhado já passaram por momentos difíceis por conta do preconceito racial. "A Sabrina namora o Anderson. Acho essencial falar a história dos dois. Eu fico triste, é horrível o que eles escutam, o que ele escuta, ela escuta junto", lamentou ele, no programa desta terça-feira (21).
Atualmente namorando com a atriz Julia Konrad, o artista já se relacionou com uma jovem negra no passado e afirmou não entender o distinção que as pessoas fazem sem notar o racismo. "Já (namorei) bem novinho. É engraçado porque eu não entendia os olhares, as perguntas. Foi meio maluco. De parentes distantes eu ouvi piadinhas. Acho um tanto maluco essa história de aceitar. Aceitar o que, gente? É um ser humano, tanto quanto você. Respeito e pronto", disse ele, que revelou receber mensagens na web com pessoas que concordam com os ataques raciais feitos pela sua mãe na trama, vivida por Eliane Giardini. "Tem gente que manda 'Eu agiria como sua mãe na novela, eu faria isso'".
Seu par romântico na história, Erika Januza, que já foi confundida com empregada de namorado, alegou sentir o preconceito na pele e relatou caso em relações anteriores. "Tive alguns relacionamentos que a família não aceitou. É muito difícil porque você é julgado por uma coisa que está além de você. Eu não vou poder acordar de manhã e mudar isso. Eu sou negra, me aceite assim, que eu não vou deixar de ser e nem gostaria se pudesse", afirmou. Dona de cachos poderosos, a artista declarou que a posição da família sobre a relação pode afetar no namoro: "Se você está com uma pessoa, a família é muito importante. Se você já tem a informação de que não te aceitam pela cor da sua pele, isso ter faz repensar se você deve estar com essa pessoa. Mas o amor, quando é mais forte que tudo, te dá forças para levar adiante. Os meus relacionamentos não terminavam por esse motivo, mas é uma coisa que mexia comigo, quando ia encontrar com a família, eu já tinha a informação, não dava para ignorar, ficava uma mentira no ar".
(Por Rahabe Barros)