Caio Castro está prestes a viver o mau-caráter Grego, chefe do tráfico na comunidade em que mora na novela "I Love Paraisópolis", próxima trama das sete da TV Globo. O ator, que já contou que ficou rouco na fase de preparação do personagem, revelou que teve contato com pessoas ligadas ao crime e ao tráfico de drogas em São Paulo enquanto fazia laboratório para o folhetim, que estreia em maio.
"Tive contato com chefões de outras comunidades. Fui para Vila Prudente, fui na Vietnã, fui no Capão. Do Rio não, talvez só de ir em festa, em baile... Talvez de alguém chegar e dizer 'olha o cara ali' e tal, mas não conheço. Em São Paulo eu fiz questão de chegar perto, conhecer, para tentar puxar alguma informação, conversar. Expliquei que eu tava ali exatamente pra fazer a novela... Não foi tão fácil. Mas me receberam legal, normal", conta o ator em conversa com o Purepeople. "Rio e São Paulo têm uma diferença bem grande. Em São Paulo eles não ostentam muita arma, não ficam com fuzil pra cima, não rola isso. É discreto, é um outro tipo de relação", completa.
Na trama, Caio será apaixonado pela mocinha da história, Mari, vivida por Bruna Marquezine, com quem se divertiu durante a coletiva de imprensa da novela. Eles gravaram juntos na comunidade paulistana em fevereiro. "Eu moro longe de Paraisópolis, morava do lado de Jabaquara, não é tão perto. E na real eu fui em Paraisópolis quando teve a primeira gravação lá, eu nunca tinha ido e não conhecia ninguém de lá. Então fui em outras comunidades. Entrei com um olhar observador, fui mais a fundo. Não sou da comunidade mas sou habituado àquela realidade ali, então foi uma coisa muito mais sensível, mais minuciosa, de ver pequenos detalhes e tentar entender aquilo ali. Eu não questionava muito por que eles tão fazendo isso ou por que que existe um poder paralelo lá. Também não comecei a entrar numas noias, mas só tentar entender para trazer para o Grego um pouco dessa história", explicou.
Caio Castro defende personagem: 'Tem uma parte romântica'
Caio mudou o visual para "I Love Paraisopolis". Ele raspou a lateral dos cabelos e mudou um pouco o seu corpo, ganhando músculos, além de fazer um piercing no supercílio e uma tatuagem temporária no peito. Apesar da aparência e das atitudes negativas, o ator defente seu personagem.
"A gente está fazendo novela, a gente trabalha em folhetim, então ele pode ser um assassino, mas é óbvio que vai ter uma parte romântica, vai ter uma historinha com a mocinha, vai ter essa troca de interesses dos dois caras querendo ficar com ela. Então, acho que são essas pequenas brechas que a gente vai colocando essa pincelada da realidade", explica.