Bruna Linzmeyer recebeu críticas ao assumir a homossexualidade e o namoro com Priscila Visman. Porém, a atriz ignorou o preconceito e afirmou que foi importante tornar pública a sexualidade. "Já ouvi de algumas mulheres, meninas, que conseguiram conversar com os pais a partir de alguma declaração que eu fiz. E também da representatividade, né, quantas mulheres lésbicas famosas na mídia? Isso é muito importante. Eu fico pensando quais eram as referências que eu tinha. Quase nenhuma. É importante a gente falar e é tão normal. Por que a gente trata como se não fosse?", questionou em entrevista ao canal GNT durante a 4ª edição do Prêmio Glamour, nesta quarta-feira (4), em São Paulo.
A atriz, alvo de preconceito pela sexualidade, disse que nunca pensou em esconder a orientação sexual dos fãs: "Nunca foi uma opção não falar. Eu sou lésbica e é isso. Eu não poderia não falar porque é a minha vida. É o que eu sou. E ao mesmo tempo eu fui descobrindo a importância de falar sobre isso, de ser lésbica e como isso é um ato político. De como a partir disso, a gente gera discursos. Eu, obviamente, não me encaixo só nessa caixinha. A minha existência é muito maior do que ser uma mulher lésbica. Mas eu entendo que é importante falar sobre isso e aproveito a visibilidade que tenho para lutar".
Durante a premiação, Carol Duarte conversou com a revista "Glamour" e repudiou o preconceito contra os homossexuais: "A gente vive um momento bem complicado. A gente ainda mata aquilo que é diferente da gente na sociedade, então espero que as próximas gerações não matem mais o que é diferente, que saibam dialogar". Eleita Revelação do Ano, a atriz contou quais são suas inspirações: "Ultimamente, ando me inspirando muito na Nina Simone (ativista na luta pelos direitos dos negros americanos) e na Djamila Ribeiro (feminista, acadêmica e pesquisadora), mas me inspirei muito na Elis Regina quando eu era adolescente. Todas me inspiram pelo posicionamento, não consigo desvincular o que a pessoa faz pelo o que ela luta".
(Por Tatiana Mariano)