O Natal pode ser motivo de alegria e celebrações em família para muitos famosos, que fazem questão de comemorar a data religiosa com toda a tradição que ela carrega. Bárbara Paz, no entanto, não faz parte dessa lista. Em sua rede social, neste sábado (24) a atriz disparou: "Odeio Natal". E justificou fazendo um relato cheio de detalhes traumáticos do acidente de carro que sofreu há 30 anos e que quase lhe tirou a vida.
"Morri dia 25 de dezembro de 1992. Num Chevet branco ao som de "Erótica", de Madonna. Não gosto daquelas pessoas que acordam sempre felizes. Aquelas que postam fotos sorrindo. Como se o mundo fosse feliz. Odeio Natal", avisou a artista, que já assumiu não se reconhecer como gênero feminino.
Bárbara então prosseguiu, contanto detalhes chocantes de tudo o que sofreu na data e do enorme corte no rosto que lhe rendeu uma cicatriz na pele: "434 pontos, espessura - tamanho, pó de vidro. Rasgo. Corte. Fratura. Exposta. Dentes, mandíbula. Reza. Alcool, lésbicas? Adolescentes: gêmeas, música, livro. Vestido branco. Era pêssego que eu comia. Ela não quis dormir na casa dele. Pediu o carro. 17 anos. Traumatismo craniano. Perda da consciência/desmaio. Dor de cabeça intensa. Sangramento na cabeça, pela boca, pelo nariz ou pelo ouvido. Diminuição da força muscular; sonolência; dificuldade na fala; alterações na visão e na audição; perda da memória".
"Tento medir o tamanho. Rasgo de orelha direita até a boca. Pele suspensa por um nervo. Dentes expostos. Do lado esquerdo? Rasgo do olho até a boca. Pó de vidro. Música. Raio x. Vamos rezar uma novena. Ela perdeu a mãe, não não tem pai. Morreu também. Diz que é modelo. Não para de falar. Tagarela. Ela precisa parar para não rasgar mais a pele", contou, descrevendo tudo o que ouviu logo após o acidente.
Bárbara Paz contou em entrevista que precisou de ajuda espiritual para superar a morte do marido, o cineasta Hector Babenco, vítima de uma parada cardíaca em 2016. Na época o médium João de Deus foi o escolhido pela atriz.
"O luto demora muito e ainda não passou. Estava muito fraca dentro de mim e não conseguia dormir. Precisava de ajuda para fazer a minha peça tranquila e saber que a vida segue, que não acaba. Peguei o carro e fui sozinha até Abadiânia. Falei que queria conhecer o João de Deus. Depois que eu saí de lá, dormi 11 horas seguidas e me aliviou. Não sei o que ele fez. Talvez tenha me dado um passe. Eu estava me destruindo um pouco. Agora, tenho um novo pai, o João de Deus", declarou na ocasião.