Antônia Fontenelle quebra o silêncio e fala abertamente sobre as filhas de Marcos Paulo, morto em novembro. A viúva do diretor garante que não guarda mágoa das herdeiras e nem da atriz Flávia Alessandra, responsável legal de Giulia, mas que ficou chateada com uma atitude tomada por elas logo após a morte do pai: a troca de fechaduras do apartamento do diretor.
"Respeito é bom e exijo. A cada dia é provado que estou fazendo a coisa certa. Mas não tenho a menor mágoa de nenhuma delas, apenas fiquei surpresa. Ele foi um bom pai, não deixou que faltasse nada para elas. São pessoas que não precisam, bem-sucedidas. Uma das coisas que me deixaram mais triste foi terem fechado o apartamento onde morávamos juntos. E só soube disso por uma das funcionárias. Tinha coisas minhas lá. Elas não podiam telefonar, como faziam para outros assuntos, e avisar que trocariam a fechadura?", declara em entrevista à revista "Caras" desta semana.
Antônia também afirma que não sabe onde foram jogadas as cinzas do marido. "Lamento não poder cumprir a promessa que fiz a ele, de jogá-las no mar, como me pediu. Quando o Marcos morreu, mandei um e-mail e falei para a gente conversar. Não queria animosidade. Não há nada da vida do Marcos que eu não saiba. Me subestimaram e ignoraram. E tudo poderia ser tão fácil", conta.
No ar em "Balacobaco", na Record, a atriz pretende terminar de produzir e rodar o filme "Sequestrados", em que trabalhava com o marido antes da fatalidade. Mas o projeto está parado já que a empresa dos dois foi bloqueada pelas filhas do diretor e Antônia não pode mexer nas contas. "Como as herdeiras do Marcos bloquearam a empresa, não tive condições de continuar com a captação. Tinha pedido que me deixassem com a empresa porque a Ancine havia autorizado a captação de R$ 12 milhões. Ela não dá dinheiro, apenas autoriza a buscá-lo. Agora vou trabalhar com a produtora do Daniel Filho, mas a concepção continua igual, como Marcos idealizou. Os direitos são meus e realizarei o filme. É questão de honra".
A atriz inaugurou recentemente o "Centro de Acolhimento Marcos Paulo", no Rio de Janeiro. Na solenidade, ela estava sozinha como representante do diretor e lamentou a ausência das filhas.
No último Carnaval, Antônia confessou que sentia muita falta do marido . "Vai demorar. Não tenho problema em chorar ou sorrir. Vivo o que tenho para viver. Sempre fui assim".