Anitta trouxe debate sobre corpo, favela e até mesmo a Amazônia em seus clipes recentes. Para o portal "G1", a cantora disse que usa os vídeos para trazer discussões acerca de assuntos importantes para os fãs: "Eu tenho um público jovem, adolescente, criança... Esse público 'aborrescente', a grande massa não curte perder tempo com coisas chatas. Eu tento falar indiretamente com eles, sem que percebam que estou falando de coisas sérias. Por isso ponho celulites no clipe, Amazônia no clipe, favela no clipe, uma drag queen, a Pabllo Vittar... Tudo é para gerar debate, induzir uma discussão saudável. Gero debate, mas usando o entretenimento. Tem que ser de um modo leve, para cima, sem as pessoas notarem que estão sendo impactadas".
Segundo Anitta, há uma pressão para se posicionar diante de assuntos polêmicos. Porém, a funkeira lamentou que seus comentários nem sempre sejam bem recebidos. "Estamos em um momento em que as pessoas não aceitam que tenham opiniões diferentes das delas. Eles cobram uma opinião sua, mas cobram pensando que você vai dizer que pensa igual a eles. Se é diferente, você se prejudica. Eu tento ser o mais justa possível e não me aprofundo sobre assuntos que não tenha certeza e embasamento. Não dá para dar opinião baseada em opinião dos outros, baseado em fofoca e especulação. Eu só omito opinião unilateral se tenho absoluta certeza dos fatos acontecidos. Eu acabo ficando refém, porque não sei sempre de fato o que é a verdade. É perigoso. Eu procuro fazer a minha parte, cada um tem seu papel na terra. Meu papel é entreter, levar esperança, diversão e sentimentos bons mesmo nos momentos de dificuldades", explicou a cantora, que recentemente fez ressalvas ao feminismo.
A cantora está prestes a desembarcar na Europa para realizar uma turnê pelo continente e se mostrou animada: "Eu estou super ansiosa. A gente está preparando esses shows há meses. Quero fazer algo incrível, bem lindo. Eu não vou reinventar a roda, vou fazer um show do nível que faço no meu país. Mas é diferente, um lugar novo, então tento mudar. Não será um bicho de sete cabeças". A funkeira ainda disse qual público espera nos países por onde vai passar: "Eu acho que vai ser a maioria brasileiro em Paris e Londres. Mas vai dividir também com meus públicos novos no mercado espanhol e inglês. Estou na expectativa de ver como será a divisão. Em Portugal sei que será um novo público mesmo, na maioria de portugueses".
(Por Tatiana Mariano)