Angelina Jolie inaugurou nesta terça-feira (10) um centro acadêmico, na London School of Economics, no Reino Unido, que ajuda a combater a violência contra mulheres em zonas de guerra. Segundo o jornal britânico "The Guardian", a atriz, que conheceu o Papa Francisco, disse que o objetivo da unidade é dar poder ao sexo feminino.
"Se me perguntassem para quem penso que é este centro, imagino alguém que não está nesta sala", afirmou a estrela aos alunos do estabelecimento em um discurso sobre mulheres, paz e segurança. "Penso em uma garota que conheci no Iraque, há três semanas. Ela tem 13 anos, mas, em vez de ir para a escola, ela se senta no chão em uma tenda improvisada", completou.
O centro conta com pensadores, ativistas, políticos e acadêmicos
Angelina estava em uma viagem ao Norte do Iraque como enviada da Agência da ONU para Refugiados, a Acnur. A garota que a artista se referiu em seu depoimento foi capturada pelo autoproclamado Estado Islâmico como escrava sexual. "Ela agora pode nunca ser capaz de completar sua educação ou se casar ou ter uma família, porque em sua sociedade vítimas de estupro são evitadas e consideradas motivo de vergonha", lamentou a mãe de seis filhos, Maddox, Pax, Zahara, Shiloh, e Knox e Vivienne.
E o evento contou com a participação do ex-ministro das Relações Exteriores do Reino Unido William Hague. Os dois já haviam dividido um projeto juntos, no qual lutaram para a prevenção da violência sexual em conflitos. Quem estiver no centro, poderá desfrutar do conhecimento de pensadores, ativistas, políticos e acadêmicos. Eles vão se reunir para enfrentar problemas globais, tais como o julgamento de estupradores em zona de guerra e o envolvimento das mulheres na política.
Tanta dedicação assim para ajudar os outros lhe rendeu um título. A mulher de Brad Pitt ficou em primeiro lugar no ranking montado pela empresa de marketing YouGov, do Reino Unido, para descobrir quem é a mulher mais admirada do mundo. Para chegar no resultado, a pesquisa ouviu 25 mil pessoas de 23 países. "Jolie, que já construiu uma carreira como uma das atrizes mais bem pagas de Hollywood, também fez nome ao promover causas humanitárias, servindo, inclusive, como embaixadora do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados", ressaltou a pesquisa. Vale lembrar que a atriz doou cerca de R$ 4 milhões - lucro pela venda das fotos de seu casamento - e também já recebeu uma medalha de Dama Honorária das mãos da rainha Elizabeth II.