Antes mesmo do fim da novela "Império", na última sexta-feira (13), Alexandre Nero já estava confirmado como o protagonista de outro folhetim, "Favela Chique", que tem previsão de estreia para novembro deste ano na faixa das nove da TV Globo. Mas para se desvencilhar da imagem marcante de José Alfredo, o ator vai precisar seguir algumas orientações da TV Globo, de acordo com a coluna "Telinha", do jornal "Extra".
A nova trama traz de volta a dobradinha de sucesso de "Avenida Brasil" - o autor João Emanuel Carneiro e a diretora Amora Mautner. Para que a imagem de Nero seja desassociada de seu antigo personagem, ele foi orientado a cortar os cabelos, tirar a barba e evitar roupas pretas, que eram características marcantes do Comendador, que, segundo o próprio ator, fazia sucesso com a mulherada. Em "Favela Chique", Nero fará par romântico com a atriz Vanessa Giácomo.
Ainda de acordo com a publicação, há uma preocupação na emissora de que aconteça com Alexandre Nero o mesmo que aconteceu com Marcelo Serrado. Após o sucesso como o Crô de "Fina estampa" - que chegou a ganhar um filme -, ele foi muito criticado ao interpretar o "machão" Tonico Bastos no remake de "Gabriela", com os mesmos trejeitos do personagem anterior.
'Sou um homem interessante', diz Nero
Em entrevista, Alexandre Nero contou que José Alfredo foi um divisor de águas em sua carreira. Depois de alçar a carreira em "A Favorita" (2008), passar por "Salve Jorge" (2012) e atuar em "Além do Horizonte" (2013), foi com o Comendador que o artista recebeu fama de galã conquistador, e ele admite que adorou a repercussão do papel. Romântico assumido, "quase um dom Quixote", como ele mesmo se define, o ator não mediu palavras para dizer que concorda com as fãs:
"Também posso ser bonito. Esse é o meu trabalho. E se o personagem pede isso, eu tenho que dar. Uma coisa sou eu e, sim, me acho um homem bem interessante", frisou o ator em entrevista à revista "Mensch" de fevereiro, sem falsa modéstia.
E continuou, afirmando que esse assédio não o deixa mais vaidoso: "O que se vê num palco, TV ou cinema são personagens. Ali, apesar de ser eu, tem muitas coisas que não são minhas. Resumindo, não ligo para isso, pois sei que não é para mim, e sim para o personagem".