Desde que Buba (Gabriela Medeiros ) apareceu em 'Renascer ', o nome da personagem se tornou um dos assuntos mais comentados na web. Ainda não é possível dizer que Gabriela Medeiros roubou o protagonismo em relação a de 'painho'.
Logo, existem várias razões para isso: Buba é cativante e desafiadora, pois há várias dificuldades que ela precisa superar. Em primeiro lugar, o fato da personagem ser trans (a mesma identidade de sua intérprete), já chama a atenção.
Em seus primeiros diálogos com Venâncio (Rodrigo Simas ), ela contou seu maior segredo, como se estivesse revelando para o público. O personagem masculino respondeu "eu não sou veado', mas sua tamanha ignorância deu brecha para a compreensão de igualdade de gêneros, e, consequentemente, firmar seu amor por ela.
O segundo passo foi Buba conhecer o sogro. Curiosamente, ou não, Inocêncio se encantou pela jovem, gerando até ciúmes de Mariana (Theresa Fonseca ) deviod a essa relação fraternal.
No fim das contas, ela recebeu o livro 'Capitães de Areia', de Jorge Amado, com uma mensagem de carinho do rústico. Buba interpretou esse gesto como uma dívida de gratidão, o que a tornará obcecada por dar um neto ao coronel.
Neste novo momento da trama, Buba conhece Teca (Livia Silva), moradora de rua que está grávida. Ela a acolherá do início ao fim, cuja intenção é adotar o filho da jovem humilde. Buba não medirá esforços para ter esse filho aos seus braços, contrariando todos os preconceitos possíveis.
Repleta de desafios, Buba se torna uma verdadeira protagonista da trama, roubando o espaço de Mariana, personagem duvidosa que serve para mexer com as emoções dos homens da fazenda. Ao mesmo tempo, Buba serve de escada para consolidar tramas sobre diversidade na dramaturgia.
Se a hermafrodita Buba de 1993 gerou polêmica por sua condição, a Buba de 2024 está longe de ser uma 'anomalia', e sim, uma mulher que luta por todos os seus direitos.