Parceiro de Patrícia Poeta no "Encontro", Manoel Soares permaneceu em silêncio enquanto o programa repercutia o estupro de uma grávida pelo médico anestesista. Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, foi denunciado por funcionárias do Hospital da Mulher, de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
As funcionárias filmaram o homem colocando o pênis na boca de uma mulher que havia acabado de fazer um parto cesariana. O crime dura cerca de 10 minutos e, ao final, Giovanni pega um papel para limpar a boca da vítima. Ele foi preso na madrugada de segunda-feira (11).
Vencedora do "BBB 20", Thelma Assis explicou que são raros os casos em que uma gestante fica desacordada em um parto cesárea. Michelle Loreto, por sua vez, aconselhou às grávidas que busquem a cartilha do Ministério da Saúde para saberem o que pode ou não acontecer durante o nascimento do bebê.
Durante a exposição do tema, Manoel Soares apenas ouviu as mulheres falando. O apresentador só se pronunciou no fim do debate, anunciando as outras matérias do programa. "Fiquei quieto porque acho que nosso papel como homem é ouvir e aprender. Eu não tenho nada pra ficar falando", explicou.
Segundo a delegada Bárbara Lomba, responsável pela prisão, Giovanni Quintella Bezerra trabalha em outras unidades de saúde, e será apurado se há relatos de novos crimes. Quatro pessoas da equipe médica já foram ouvidas e o pai da criança foi comunicado sobre o estupro – a vítima ainda não tomou conhecimento.
Bárbara Lomba afirmou que a sedação total de outras pacientes grávidas levantou suspeitas na equipe, o que os motivou a colocarem um celular em um armário do centro cirúrgico, que era onde o anestesista costumava ficar.
"Não há dúvidas em relação ao crime que foi praticado. Essa equipe vinha suspeitando dos procedimentos que o médico vinha adotando em outras cirurgias. Principalmente a sedação desnecessária e a tentativa de dificultar a visão de outros médicos de uma parte do corpo da vítima, onde ele atuava, do pescoço para cima", declarou à TV Globo.
"É importantíssimo destacar a atuação da equipe de enfermagem, cidadãos exemplares, que notaram em outras cirurgias o movimento do corpo desse médico, o autor do crime, e, para que houvesse uma prova, posicionaram um telefone celular de uma forma que não se visse, para verificar se realmente era aquilo que estava acontecendo, o que eles estavam pensando. O criminoso ministrava alguma droga para sedar para conseguir cometer o crime", acrescentou a delegada.