Depois de ser presa quando já está prestes a decolar para a Bélgica, Aline (Vanessa Giácomo) vai ter uma grande surpresa em "Amor à Vida ". Nos próximos capítulos, ao ver que foi pega , a vilã assume uma postura de vítima e joga toda a culpa de seus crimes para cima de Ninho (Juliano Cazarré), achando que o havia matado a facadas. Porém, sua cena é interrompida quando o delegado anuncia que precisa fazer uma acareação e coloca o pintor frente a frente com a amante.
Segundo publicado pelo jornal "Extra", durante o interrogatório Aline jura inocência e tenta confirmar o sucesso da tentativa de assassinato: "Eu sou uma vítima, delegado. O senhor tem que fazer o Ninho confessar a verdade! Ele não morreu... morreu?". Esperto, Assis (Claudio Tovar) deixa a criminosa pensar que o pintor está morto e responde apenas: "O que a senhora acha?".
Dissimulada, ela finge que se comove com a notícia: "Meu Deus... Eu não queria isso... Não queria! Eu confesso, traí o meu marido com o Ninho. E ele ameaçou contar tudo para o César (Antonio Fagundes). O meu marido estava cego, dependente de mim. Eu queria protegê-lo da infelicidade que essa revelação ia causar, porque é claro que os filhos nem se importavam com o César, só queriam saber da herança. Esse rapaz, o Ninho, se apoderou da casa, eu fiquei inteiramente nas mãos dele. Ele ameaçava matar o César e o meu bebê se eu reagisse... Aquela pobre médica, ele me forçou a mantê-la presa... Tudo que aconteceu foi por culpa dele! Mas eu só queria defender o meu marido e o meu filho, principalmente o meu filho, o senhor sabe, como mãe, eu tinha que defender meu filho".
Incrédulo com o relato que acabou de ouvir, o delegado argumenta: "A senhora usou de extrema violência, esfaqueando um homem diversas vezes". Ao que Aline rebate com sua história mirabolante, completamente mentirosa: "Foi legítima defesa, delegado. Quando o Félix apareceu lá em casa, fez aquele escândalo, contou que eu tinha... Quer dizer... Que eu tive um amante, porque eu não queria mais nada com esse Ninho, o Félix levou o meu marido e o meu filho embora... Aí o Ninho me arrastou com ele, me forçou a ir com ele para um galpão abandonado, ele queria me forçar a muitas coisas horríveis, delegado, coisas que eu, como mulher, tenho vergonha de dizer... Então eu agi, mas em legítima defesa".
Em seguida, o policial questiona os motivos que a levaram a tentar fugir do país, se garante ser uma vítima. "Eu não pretendia fugir. Eu só queria ficar afastada um tempo, pensar em como ia resolver isso tudo, como ia provar que foi tudo culpa do Ninho. Mas eu queria voltar mais tarde parao meu marido e para o meu filho. Ninguém pode ser preso por agir em legítima defesa, doutor. Eu sinto muito, eu nunca pensei que seria capaz de esfaquear um homem, que mataria uma pessoa", responde prontamente a bandida. E, dando prosseguimento ao interrogatório, ele pergunta se Aline não tinha intenção de matar o artista. "Nunca! Eu lamento tanto que isso tenha acontecido. Se ele estivesse vivo, ia ser obrigado a confessar toda a verdade. O senhor ia ver que eu sou inocente. Mas é o que eu vou provar, delegado. Eu sou inocente e vou voltar para o meu marido e meu filho", responde a Morena.
Com o respaldo de um advogado, Aline pretende ficar em liberdade, pois já entrou com um pedido de habeas corpus. "O senhor não tem motivo para manter a minha cliente presa, pois ela agiu em legítima defesa", declara o jurista, mas o delegado afirma que há outras acusações. "Tudo que existe são coisas que o Ninho fez, ele me chantageava. Eu tenho certeza, que se me puser frente a frente com o César, ele vai ficar do meu lado, porque eu sempre fui a melhor mulher do mundo. Dei um passo em falso. E isso me custou tão caro, que tudo que eu quero agora é voltar para o meu marido e para o meu filho", afirma a mau-caráter mais uma vez.
Para se certificar da desfaçatez da acusada, Assis pergunta novamente se Ninho a chantageava e ela insiste na mentira: "Eu já repeti isso mil vezes. Mesmo assim, eu fico triste porque ele morreu. Sabe, eu sou do tipo que chora se vê um passarinho morto". "Também é do tipo que sabe seduzir, com gestos, com palavras", ele completa. E Aline ainda aproveita a alfinetada para jogar charme: "O senhor acha? Não fala assim, olha que eu gosto de homens mais velhos. Se não tivesse o meu marido, era capaz de ter uma queda pelo senhor, delegado."
É nesse momento que Assis anuncia que precisa fazer uma acareação antes de terminar o depoimento, o que deixa a vilã tensa. "Acareação? Com quem? De que pessoa você está falando?", ela pergunta. É então que Ninho adentra a sala, acompanhado de um policial e um enfermeiro, que o empurra em uma cadeira de rodas, todo enfaixado. Em choque, Aline exclama: "Ninho, você não morreu?". "Eu estou bem vivo, Aline. Está surpresa?", pergunta o pintor, deixando a ex-comparsa sem reação.