Biografia
- Nascimento : 19 de junho de 1944
- Idade : 80 anos
- Signo : Gêmeos
- País : Brasil
Chico Buarque é como ele é conhecido. São muitos os títulos que o músico, compositor, dramaturgo e escritor brasileiro Francisco Buarque de Hollanda recebe: um dos maiores nomes da MPB e uma das personalidades mais politizadas na música, por exemplo. Na lista de sucessos que fazem a história da música brasileira estão muitas canções de Chico Buarque, como "Construção" e a "A banda".
Chico Buarque nasceu no Rio de Janeiro, em 19 de junho de 1944. Filho do importante historiador Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), autor de livros essenciais à formação nacional, a exemplo de "Raízes do Brasil"(1936), e de Maria Amélia de Carvalho Cesário Alvim (1910-2010), pintora e pianista. Tem seis irmãos: Sérgio, Álvaro, Maria do Carmo, Ana de Hollanda, Cristina Buarque e Miúcha. Ainda criança, se mudou para São Paulo, onde seu pai assumiu a direção do Museu do Ipiranga. O interesse pela música veio cedo e era incentivado por grandes intelectuais como Vinicius de Moraes e Paulo Vanzolini, amigos de sua família.
Na infância foi morar na Itália, pois seu pai foi convidado a lecionar na Universidade de Roma, em 1953. Volta ao Brasil em 1960 e três anos depois entra na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da Universidade de São Paulo. Cursou a FAU por dois anos, pois em 1965 o interesse e a dedicação à música já eram grandes. Em 1966, ganha o Festival, transmitido pela TV Record, com "A banda", intepretada por Nara Leão. Em 1967, foi a vez de "Roda Viva", interpretada pelo grupo MPB-4 ganhar notoriedade nacional. No ano seguinte, voltou a vencer, desta vez o III Festival Internacional da Canção, da TV Globo, com "Sabiá", parceria com Tom Jobim. Apesar das vaias do público, que preferiam "Pra não dizer que não falei de flores", de Geraldo Vandré. Apesar do ocorrido, a carreira de Chico Buarque é marcada por sucessos. No cinema, por exemplo, foram muitas as canções e trilhas sonoras que marcaram épocas. No currículo, as músicas do filme "Quando o carnaval chegar", de Cacá Diegues, adaptação das músicas da peça infantil para o filme "Os saltimbancos Trapalhões", canções da peça e do filme "Ópera do Malandro", "Bye bye Brasil", "Dona flor e seus dois maridos", entre outros.
No teatro, escreveu peças importantes da dramaturgia brasileira, como "Calabar", que foi proibida pela ditadura, assim como "Roda Viva". Escreveu romances premiados, a exemplo de "Estorvo"(1991), "Budapeste" (2004) e "Leite derramado" (2009), que ganharam o prêmio Jabuti de Literatura. Algumas das suas obras foram adptadas para o cinema, a exemplo do romance "Benjamin", publicado quatro anos depois de "Estorvo". Na década de 80, dividiu com Caetano Veloso o famoso programa "Chico & Caetano", exibido na TV Globo, que recebeu diversos convidados. Na década de 70 se recusou a participar de vários programas populares, como o famoso apresentado por Chacrinha. Irritado com uma piada do apresentador com uma canção sua, Chico foi embora da gravação. A recusa fez com que o executivo do canal, Boni, proibisse qualquer menção ao nome do cantor e compositor na programação da emissora. A proibição não durou muito tempo. Por ter sido ameaçado pelo regime militar, canções como "Apesar de você" e "Cálice" foram proibidas pela censura. Adotou como saída para o problema o pseudônimo de Julinho de Adelaide, com o qual escreveu três canções: "Jorge Maravilha", "Acorda amor" e "Milagre brasileiro". Durante o exílio na Itália, Chico ficou amigo de Lucio Dalla, e na França conheceu e fez amizade com Carlos Bandeirense Mirandópolis.
Foi compositor de canções consideradas de protesto, a exemplo de "Construção" e "Partido alto". A música "Meu caro amigo", por exemplo, foi direcionada ao diretor Augusto Boal quando vivia no exílio. As maiores cantoras brasileiras gravaram muitas músicas de Chico Buarque, como Nara Leão, Maria Bethânia, Elis Regina, Zizi Possi. Teve muitos parceiros musicais com os quais fez belas canções da MPB. Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Toquinho, Milton Nascimento, Caetano estão na lista, porém os mais frequentes são Francis Hime e Edu Lobo.
Foi casado com a atriz Marieta Severo por 30 anos e teve três filhas com ela: Silvia, Helena e Luísa. É avô de sete netos. A filha mais velha, Silvia, é mãe de Irene, do seu casamento com o ator Chico Díaz. Helena teve quatro filhos do seu casamento com o compositor e cantor Carlinhos Brown: Francisco, Clara, Cecília e Leila. Luísa, a mais nova de Chico e Marieta, é casada com Cláudio Baltar e tem duas filhas: Lia e Teresa.