Débora Falabella sofre há mais de uma década com as ações de uma stalker. Uma mulher de 40 anos, moradora de Recife, chegou a ser presa por crime de perseguição. Neste sábado (15), o portal G1 revelou os momentos de tensão vividos pela atriz há quase 11 anos.
A situação teve início em 2013, quando Débora e a stalker se cruzaram em um elevador. A atriz atendeu a um pedido de foto da mulher que, a princípio, parecia ser mais uma fã. Já nos dias seguintes, houve as primeiras investidas perturbadoras. A moça mandou diversos presentes ao camarim da estrela; entre eles, uma toalha branca e uma carta "com teor íntimo e invasivo", segundo o G1.
Nos anos seguintes, as perseguições aconteceram em teatros em que Débora se apresentava. Em 2015, ela tentou invadir o camarim da atriz, mas foi retirada à força por seguranças. Na época, a global registrou o caso em uma delegacia sob alegação de ameaça, mas decidiu não avançar com o processo.
A situação ficou ainda mais crítica a partir de 2022. A stalker criou um grupo no Instagram com Débora e a irmã, Cynthia Falabella. "Ela me disse o endereço da casa dela, do mesmo jeito que eu converso com ela, eu transo com ela", escreveu a perseguidora em uma das mensagens.
Em julho de 2022, aconteceu o momento mais tenso: a stalker apareceu na porta do condomínio onde Débora reside, em São Paulo. Repleta de malas, ela chegou a pedir autorização para entrar no local, mas o porteiro não permitiu.
Na noite do mesmo dia, ela cruzou com uma funcionária de Débora, que passeava com um cachorro. A stalker disse que tem "encontros telepáticos" com a atriz e gritou o nome dela. Por conta do ocorrido, a famosa abriu uma representação criminal por perseguição.
Cinco meses depois, Débora estava passando férias em uma pousada na Bahia, quando descobriu que a perseguidora havia tentado contato com ela novamente através da dona do estabelecimento. Quando retornou a São Paulo, a atriz se deparou com um "presente" macabro da stalker: um exemplar do livro "Romeu e Julieta" com a mensagem "Para o meu Romeu, com muito amor".
Após a sequência de episódios, Débora conseguiu uma medida protetiva que proibia a mulher de manter contato e obrigava uma distância mínima de 500 metros da atriz. Em julho, ela se tornou ré pelo crime de perseguição. Mesmo assim, as investidas não cessaram.
Em setembro do ano passado, época em que Débora estava no ar com "Terra e Paixão", a stalker enviou mensagens para o Instagram e o WhatsApp da famosa, pedindo desculpas e solicitando que a atriz cancelasse a medida protetiva. "Minha vida não tem mais sentido quando penso que nunca mais vou poder assistir a uma peça sua", escreveu ela em um dos trechos.
Com a nova perseguição, a defesa de Débora solicitou a prisão preventiva da stalker, o que foi acatado pelo Ministério Público e pela Justiça.
Em fevereiro, a mulher foi presa preventivamente em Recife. A defesa pediu a revogação da prisão, argumentando que ela sofre de esquizofrenia e transtorno bipolar. No entanto, ela ainda não havia feito a avaliação psiquiátrica solicitada pelo Ministério Público.
No mês seguinte, ao realizar a perícia, foi constatado que ela sofre, sim, de esquizofrenia. Com isso, ela foi considerada inimputável, ou seja, uma pessoa que não compreende a ilicitude de sua conduta. Por isso, a prisão preventiva foi revogada. No entanto, todas as medidas protetivas seguem valendo e ela pode ser internada provisoriamente caso haja descumprimento.