Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, mais conhecido como apóstolo Rina, morreu neste domingo (17) em um acidente de moto. Cinco meses antes de vir a óbito, o pastor enfrentou acusações públicas de violência doméstica da esposa, a cantora gospel Denise Seixas.
Denise conseguiu uma medida protetiva contra Rina após denunciá-lo por lesão corporal, violência psicológica, ameaça, injúria e difamação. Em depoimento à Polícia Civil, ela relatou diversos tipos de agressão ao longo dos anos. Em uma das situações, chegou a levar um soco no nariz.
Após a publicação de imagens onde Rina diz que a esposa está "completamente enlouquecida", Denise afirma que foi obrigada a gravar vídeos onde negava que o marido era um agressor. Os registros, no entanto, não convenceram o público, que apontou que ela poderia estar lendo um texto.
A falta de eficácia dos vídeos causou uma nova agressão. Rina foi acusado de arremessar uma cadeira na esposa, que conseguiu desviar e não foi machucada.
Outro episódio de violência teria acontecido com as cobranças de Rina por relações sexuais com a esposa. O pastor teria dito que ela não poderia "ficar longe do leito", pois ele estaria sem relação sexual há um mês. Em outra ocasião, o apóstolo pediu para conversar com a pastora e disse que aquele seria o "último dia", indicando fim do "prazo" para voltar a transar com o marido.
Nos últimos meses do casamento, Denise ainda aponta que ficou sem as próprias redes sociais e sem acesso a recursos financeiros.
O filho de Denise, Nathan, também acusou Rina publicamente de agressão. "Me chamava para jogar videogame. Uma vez, coloquei um CD úmido e o jogo não rodava. Para cada vez que eu tentava fazer o jogo funcionar e não dava certo, ele me dava um chute na cabeça", expôs ele em entrevista ao UOL.
Hoje com 30 anos, Nathan diz que começou a notar as violências sofridas pela mãe a partir dos 12. Ela só confessou que apanhava do marido em 2022.
Com a medida protetiva, Rina ficou impedido de se aproximar a, pelo menos, 300 metros de Denise, seus familiares e testemunhas do processo, além de estar proibido de manter qualquer tipo de contato com ela.
Em junho deste ano, Rina foi afastado das funções de líder religioso da Bola de Neve. "Pedimos perdão primeiramente a Deus, a quem um dia prestaremos conta, pelas falhas e falta de atenção aos fatos apresentados. Estendemos nossa verdade e retratação à família Bola de Neve, a qual tanto amamos, e a todos que, de alguma forma, decepcionaram-se com a condução da liderança e, também, para aqueles que um dia saíram feridos por quaisquer falhas cometidas no Ministério. Investimos nossas vidas pela cura, restauração e salvação de famílias, nunca para a destruição", dizia nota compartilhada pela organização.