A indústria da moda foi amplamente impactada pela disseminação global do coronavírus. Marcada por queda nas vendas, mudança nos comportamentos dos clientes e interrupção das cadeias de suprimentos em todo o mundo, essa, sem dúvidas, foi a época mais difícil da história do universo fashion.
Especialista em Alta-Costura e dona do ateliê Taússy, a designer Taússe Daniel explica como conseguiu se reinventar em meio à crise. Ela decidiu elaborar produtos que atendessem diretamente às necessidades da época.
"Com a proibição de eventos populosos, fomos drasticamente afetados e tivemos que nos reinventar. Criamos uma linha de máscaras com a identidade da nossa marca, que fizeram muito sucesso", comemora.
Segundo Taússe, suas peças foram requisitadas à nível nacional e internacional também. "Foi o pilar do negócio durante a pandemia", reitera ela que é natural de Maputo, Moçambique.
Garantir que o negócio possa sobreviver e prosperar após esse choque sem precedentes foi crucial para Taússe Daniel. Por isso, a fashion designer não se limitou apenas às máscaras e ampliou suas vendas com vestidos de noiva.
"Quando as pessoas perceberam que a pandemia não tinha uma data específica para terminar, como as expectativas das pesquisas nos passavam, elas decidiram começar a casar dentro das restrições impostas. Nascia assim mais uma oportunidade de suporte. Então, começamos a nos dedicar a confecção de vestidos de noiva para cerimônias menores, conseguindo desta maneira contornar as dificuldades oferecidas pela época", relata.
Com a meta em influenciar a maneira de vestir, as tendências e até a forma como as mulheres jovens se posicionam perante a sociedade, Taússe viu a sua cartela de clientes se multiplicar em pouco tempo:
"Nós nos mantemos de forma ativa no mercado com pessoas que nos priorizavam pelo atendimento, qualidade dos produtos e o nosso bom gosto", destaca.