Léo está se reaproximando do Victor após um período de desentendimentos. A volta da dupla, no entanto, foi descartada pelo cantor. Pelo menos por enquanto. Em entrevista ao canal Renato Sertanejeiro, o músico afastou um novo trabalho com o irmão. "Não, nem tão cedo. Estou muito feliz e ele também (com as carreiras solos). A gente voltou a alimentar a relação de irmão, isso está lindo, está maravilhoso", declarou. Os dois anunciaram uma pausa por tempo indeterminado em agosto de 2018.
Segundo Léo, a relação de irmandade "se perde facilmente" ao longo da carreira. "Não vou falar de outras duplas, porque cada um sabe o chão que está pisando. Mas o meu chão e o de Victor estava bastante trincado. A gente não se separou à toa. Muita gente fica falando 'chama seu irmão pra participar', em todos os posts que eu faço. Acho que é bom por um lado, eu não me incomodo com isso, mas é uma perda de tempo, não vai acontecer agora", afirmou o artista.
Um ano e meio antes, Victor foi acusado por Poliana Bagatini, com quem era casado na época, de agredi-la fisicamente. Em entrevista recente, o cantor revelou uma depressão que quase o fez tirar a vida após o episódio. "Fui para Uberlândia para decidir se ia parar a turnê da dupla. Lá, me deparei com um caos psicológico e emocional. Tombei. Seis dias depois do episódio, quase tirei minha própria vida. Fiquei sem chão. Na mídia, antes me retratavam como um ser perfeito, o que nunca fui. Depois, você vira um monstro, o que também não é. Percebi ali empiricamente que basta a minha consciência", disse.
Com intuito de tentar recomeçar a vida, Victor revelou que a solução foi a arte: "Vivi uma dor tão grande que só dormia e tocava. O que me salvou foi a arte. Durante uns sete meses, tomava banho de três em três dias. Eu me enfiei nos shows, mesmo envergonhado. Era música atrás de música para eu não pensar. Meus músicos me viam acabado, chorando. Utilizaram os fatos com leituras sensacionalistas. Se não fosse para a mídia e não chegasse aos rigores que chegaram, teria sido um dia de caos que resultaria em separação. Como se trata da mãe dos meus filhos, só posso falar que houve descontrole emocional grande".
Victor esclareceu também que tentou conter a ex durante a discussão. "O exame de corpo de delito deu negativo. Não havia marcas de agressão. É triste Poliana dizer no depoimento que eu a joguei no chão. Na TV, aceleram o vídeo. Não dá para ver que estou arqueando o corpo para suavizar a queda dela. Ficar calado três anos foi duro. Meu ímpeto era de me defender, mas esse silêncio me valeu muito. Comecei a me livrar do ego, a ir ao dentista no horário comercial, pegar fila em aeroporto. Uma sensação de estar vivo", declarou.
(Por Patrícia Dias)