[ALERTA: o texto a seguir pode conter gatilhos para vítimas ou pessoas sensíveis a assuntos relacionados a abuso sexual]
O advogado Tony Buzbee, que já representa mais de 120 supostas vítimas, anunciou sete novas denúncias contra P. Diddy. O rapper está preso há pouco mais de um mês e enfrenta acusações de estupro, tráfico sexual, agressão e associação ilícita.
Quatro homens e três mulheres acusam Diddy de crimes sexuais. Duas das denunciantes afirmam que eram menores de idade quando o suposto abuso ocorreu; a primeira tinha 17 anos, e a outra, 13.
Diddy também é acusado de drogar uma menina em 2000, que, na época, teria 13 anos. O rapper teria estuprado um homem e agredido sexualmente uma mulher em 2022.
"Vários outros indivíduos são referenciados nos autos do caso, mas não são nomeados anteriormente como réus neste momento. Deixaremos que as alegações nas queixas apresentadas falem por si mesmas e trabalharemos para que a justiça seja feita", explica Buzzbee.
Apesar de ter recebido denúncias referentes a crimes de mais de 20 anos, o advogado afirma que a maioria dos abusos teriam ocorrido em 2022. Tony disponibilizou um número para possíveis vítimas do rapper apresentarem seus relatos. Ele garante anonimato aos denunciantes.
"Esperamos entrar com processos semanalmente nomeando o Sr. Combs e outros como réus, enquanto continuamos a reunir evidências e preparar os processos", conclui o advogado.
Diddy tenta sair da cadeia mediante fiança para aguardar o julgamento em liberdade. No entanto, mais uma vez, enfrenta dificuldades.
O Ministério Público dos Estados Unidos defende que Diddy não deve ser solto e menciona o episódio do espancamento à ex-namorada há 8 anos. Os promotores federais não citam o nome de Cassie, mas descrevem que o rapper estava "socando a vítima, jogando-a no chão, chutando-a e tentando arrastá-la de volta para o quarto do hotel", confirmando a menção à violência sofrida por ela.
Os federais usam o caso de exemplo pois temem que, assim como ocorreu em 2016, Diddy possa subornar ou ameaçar potenciais testemunhas caso fique em liberdade.
Segundo os documentos, Diddy foi abordado pelo segurança do hotel, que viu a agressão nas câmeras. O rapper tentou subornar o funcionário com "uma pilha de dinheiro em troca de seu silêncio". Ele recusou a proposta.
Apesar da recusa, agentes apontam que Diddy orientou sua equipe a obter o vídeo e, "em poucos dias", ele "desapareceu" dos servidores de computador do hotel. Agora, os federais pedem formalmente aos juízes do tribunal de apelações que confirmem a decisão de negar a fiança do artista, para mantê-lo sob custódia até o julgamento.