É possível comer chocolate em uma dieta saudável? Essa é uma pergunta recorrente, especialmente diante da proximidade com a Páscoa. Existem diferentes tipos desse alimento e para entender as principais diferenças entre eles, os erros mais comuns no consumo dele e as principais vantagens para o organismo, o Purepeople conversou com experts em nutrição.
"O chocolate vem, sobretudo, do cacau, que é rico em flavonoides. Esses polifenóis possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Ou seja, combatem os radicais livres do corpo, moléculas associadas ao envelhecimento precoce e a maiores chances de doenças crônicas", explica o nutricionista Caian Maroni, especialista em emagrecimento e hipertrofia.
A nutróloga Dra. Fernanda Cortez, por sua vez, lista os benefícios do cacau. "Ele é uma importante fonte de triptofano, um aminoácido que atua como precursor da síntese de serotonina - substância do cérebro ligada à sensação de prazer", indica.
"Assim, o consumo regular de fontes desse aminoácido atua como um fator preventivo da depressão e da ansiedade. Além de elevar os níveis de serotonina, aumenta-se também os teores de endorfinas, o que explica a tal sensação de prazer citada pelos apaixonados por chocolate", acrescenta.
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Chocolate ao leite: "essa versão tem as maiores concentrações de gorduras e açúcar", aponta o nutricionista.
Chocolate branco: "É composto por manteiga açúcar e manteiga de cacau. Por ser rico em açúcar e gordura se torna o pior chocolate da categoria para quem quer uma dieta de emagrecimento e hipertrofia."
Chocolate amargo: "Eles variam de 50% a 100% da massa de cacau. Quando maior o teor de cacau, menor será a quantidade de açúcar, sendo mais puro, nutritivo e rico em fitoquímicos."
Chocolate meio-amargo: "Em relação ao chocolate amargo é pobre em nutrientes e fito químicos, oferecendo menos benefícios a saúde em relação ao amargo."
Chocolate orgânico: "Não possui leite e é isento de glúten, pode ser feito com ou sem o leite de soja. Tal fato o torna um produto à disposição das pessoas que têm intolerância à lactose e devem restringir o consumo de leite e derivados e por não ter glúten se torna um produto acessível para os celíacos".
Chocolate funcional: "Não contém açúcar, glúten, lactose ou gordura trans. É um alimento feito basicamente com três matérias-primas: cacau, fibra e poliol. Alimento funcional é todo aquele que, além da sua qualidade nutricional (nutrientes como vitaminas, minerais, carboidrato, proteína e gordura), possui compostos que atuam na prevenção de doenças e na melhora da saúde", detalha o especialista.
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Para o nutricionista, o erro mais recorrente é investir nos chocolates que têm mais açúcar na composição. "Com isso, podemos dizer que as versões mais saudáveis sempre terão mais cacau e menos açúcar e gordura. Fuja dos chocolates com maior teor de açúcar e gordura, esses são os piores!", alerta.
E qual é a porção indicada para cada pessoa? "Isso varia de pessoa para pessoa, mas vale ressaltar que o chocolate amargo faz bem para a saúde, desde que seja consumido com parcimônia, no máximo 30g dia pois é um alimento calórico e deve ser acrescentado de forma estratégica no plano alimentar", finaliza Caian.