Nizo Neto voltou a se manifestar após a morte do filho, Rian Brito. Depois de usar o Facebook para dar um depoimento emocionado sobre o jovem, que segundo o laudo da polícia morreu afogado, o ator e filho de Chico Anysio recorreu mais uma vez à rede social, mas desta vez para fazer um alerta. Nizo compartilhou um abaixo-assinado, criado pela ex-mulher, Marcia Brito e direcionado à Anvisa e ao Congresso Nacional, pedindo a proibição do uso do chá Ayahuasca fora das aldeias indígenas.
Segundo ele e Tatiana Presser, madrasta de Rian, cremado há cerca de dez dias no Rio, o rapaz de 25 anos consumia a droga há cerca de um ano e meio. Eles acreditam que o chá alucinógeno - também conhecido como Santo Daime - foi o motivo do isolamento do filho em uma praia deserta de Quissamã, onde teria ido meditar.
"Através de um amigo muito próximo, foi levado a ter a experiência do chá de Ayahuasca. A princípio, nada de mais, a gente só veio a saber quando ele já estava avançado em algumas doses, que foi quando começou a chamar nossa atenção do emagrecimento dele, muito preocupante. E aí a gente começou a ver que realmente tinha alguma coisa errada. Que o discurso dele era 'eu tenho uma missão a seguir', uma coisa que ele não sabia nem direito o que era. E para ele cumprir essa tal missão, não podia comer", contou Nizo em vídeo publicado em seu perfil no Facebook.
Segundo o humorista, o filho chegou a ser internado três vezes por conta do consumo do chá, já relacionado a Leona Cavalli por Marcia Brito, que em seguida se desculpou com a atriz. "Depois que a gente viu ele na quarta dose, a gente proibiu ele de tomar. A primeira internação dele era uma questão de vida ou morte, estava já com 40 e poucos quilos, em um ponto que o médico falou: 'olha, se você não internar seu filho agora, ele vai morrer'", relembrou.
No vídeo, Nizo afirmou não ser contra o uso do chá, mas pediu que haja um controle de seu consumo. "Eu não estou criticando a crença de ninguém, todo mundo tem o direito de seguir o que quiser. A nossa questão aqui é como a Ayahuasca, que é legalizada, é administrada em algumas igrejas ou centros, seja lá o que for. A gente não culpa ninguém. O Rian era maior de idade, tinha 25 anos, estava totalmente consciente quando decidiu tomar esse chá e fazer as coisas que ele fez", finalizou Nizo.
'Deixe o Ayahuasca nas mãos dos indígenas', pede mãe de Rian em carta
Veja o pedido feito por Marcia, mãe de Rian, no abaixo-assinado que pede a proibição do Santo Daime:
"Qualquer pessoa com a vida equilibrada e saudável pode ser incompátivel a qualquer droga: maconha, cocaína, álcool, etc. Não tem como saber antes de tomá-la, não existem exames médicos e científicos que comprovem que ela causará um efeito devastador nesta pessoa e a única forma de saber é experimentando, e levando em consideração que o Ayahuasca é uma prática usada no sistema religioso. Se você for incompatível terá sua vida destruída, pois para esses o Ayahuasca funciona exatamente como uma droga. Para evitar as próximas vítimas, já que a vida do meu filho, Rian Brito, se foi por 4 doses deste chá, por não conhecermos o lado negativo do Ayahuasca, a partir de agora deveria ser proibido o uso deste alucinógeno. Sendo Igreja ou Centro de Estudos, que é um título muito mais sedutor para os universitários e curiosos comprarem, do que nas ruas como uma droga qualquer. Os benefícios do Ayahuasca já têm sido divulgados há 40 anos aproximadamente. Mas o lado negativo deste alucinógeno, se tivesse sido divulgado, ele não teria experimentado, e estaria aqui comigo. Deixe o Ayahuasca nas mãos dos indígenas nas aldeias, de onde nunca deveria ter saído".
(Por Caroline Moliari)