Tem gente que acha que o ciúme é o "tempero da relação". Mas ele costuma destruir mais relacionamentos do que os fortalece. Para aprender a lidar com este sentimento tão comum e te ajudar a construir uma relação mais saudável com o (a) seu (sua) parceiro (a), a psicanalista Andrea Ladislau explica um pouco sobre de onde ele vem e dá algumas dicas imperdíveis.
Antes de tentar deixar o ciúme para trás, é importante entender sua origem. Para a profissional, ele é algo bastante comum e está mais relacionado ao controle, devido ao medo de perder alguém/alguma coisa, do que ao amor, de fato.
Ela ainda explica que o ciúme natural, ou que não causa tantos prejuízos, surge por causa de uma situação específica em que a pessoa em questão se sente ameaçada ou correndo algum risco de perder o individuo que ama. Já a versão patológica do sentimento está intimamente ligada "à baixa autoestima, ao medo da perda, ao complexo de inferioridade, à insegurança, que pode evidenciar até mesmo outros sintomas de transtornos psíquicos".
Tudo isso pode transformar o ciumento em alguém muito opressor e possessivo, podendo gerar graves consequências tanto para ele, quanto para a pessoa que é o alvo dos ciúmes.
Por isso, confira 5 dicas para trabalhar esse sentimento:
Tente racionalizar seus pensamentos. Direcione sua atenção para o autocontrole na relação para não adoecer de ciúmes e, assim, ajude a si mesmo criando comportamentos mais saudáveis.
Além disso, é fundamental que você identifique qual é a causa do ciúme e saiba observar bem como você pode, às vezes, permitir que ele sabote o seu relacionamento afetivo. Assim, você vai poder parar de atuar dessa forma.
Fique atento aos momentos em que o ciúme surge. Tente analisar a si mesmo, suas reações e aprenda a lidar com elas. Se prevenindo dessa forma, você pode direcionar sua atenção para outras atividades e pensamentos.
Lembre-se também de ser sempre honesto. Se tem algum comportamento te incomodando, converse com a pessoa por quem você está sentindo ciúmes. A comunicação é sua melhor amiga no processo de ajustar uma relação e fazê-la ir para frente. Um diálogo aberto e verdadeiro pode garantir uma mudança de hábitos e o fim de desconfortos e crises de ciúmes.
E, para terminar, tenha consciência de que sufocar o (a) seu (sua) parceiro (a) pode fazer com que sua relação acabe rapidamente. Use essa oportunidade para praticar o autoconhecimento e se aprofundar na sua natureza controladora, de forma a entender em que pontos ela te impede de ter um relacionamento saudável.
Saiba achar um ponto de equilíbrio, dizendo o que sente e entendendo as limitações da outra pessoa. Aprenda que nem tudo (ou todos) está (ão) sob nosso controle (e que bom!).