Rayanne Morais precisou suar a camisa e ganhar massa muscular para retornar à TV em sua primeira novela contemporânea na Record TV, "Topíssima". Na nova trama, que aborda assuntos delicados como aborto, a atriz interpreta a policial Graça. Infiltrada em uma universidade, a jovem se passa por assistente da empresária Sophia (Camila Rodrigues) para descobrir quem está ligado ao tráfico de uma nova droga, que por pouco não mata Gabriela (Rafaela Sampaio), irmã do protagonista, Antonio (Felipe Cunha). Ao Purepeople, Rayanne enumera o que precisou fazer para compor sua nova personagem. "Fiz workshop de parkour (método usado para ultrapassar de maneira rápida obstáculos), luta e visitei algumas delegacias, tendo contado direto com os delegados", lista.
Para viver Graça, a atriz teve o seu primeiro contato com uma arma. "Uau! Foi uma experiência louca! E pegar um 'pedaço de metal' e saber que ele pode dar fim à vida e a história de uma pessoa foi de deixar em um lugar de emoções não conhecidas e de suar as mãos", afirma. Em seu núcleo circulam ainda o delegado André (Sidney Sampaio) e o policial mau caráter Pedro (Felipe Cardoso). Revelada na novela "Os Dez Mandamentos - Nova Temporada" (2016) e protagonista de "Belaventura" (2017), ambas também na emissora paulista, Rayanne precisou adequar o corpo. "Tive que subir o meu índice muscular e ganhar quatro quilos de músculos. Como é uma personagem de ação e ative, quis dar a ela o corpo que a Graça pedia", conta ela, que relatou ter passado fome quando estrelou o folhetim medieval. "Afinal, para fazer o parkour", tem que ter força e habilidade", completa. Além disso, a atriz ficou mais loira. "Confesso que demorei para acostumar (risos). Mas esse processo de caracterização me ajuda muito na construção dos meus personagens. E essa mega loira é a Graça", afirma.
Rayanne acredita ter algo em comum com sua Graça. "Toda personagem tem um pouco da gente. Está tudo em nós. Como atriz, só acesso e afloro o que cada personagem precisa", diz. Quando perguntada se é feminista, a jovem, que já acusou um ex de relacionamento abusivo, é enfática. "Ter a certeza que nós mulheres somos capazes de realizar qualquer desejo e objetivo sem qualquer retratação imposta por opiniões machistas me coloca como feminista", assegura.
(Por Guilherme Guidorizzi)