Vitão avaliou as críticas que recebe pela forma como se expressa através dos looks. Vivendo uma fase bastante expressiva, o cantor explicou como as músicas refletem na sua estética.
"Eu sempre fui uma pessoa que gostou de trazer inovação de certa forma. Sempre gostei de falar de coisas que não eram faladas normalmente. Eu sempre gostei de ter uma visão diferente de todo mundo sobre assuntos, de sair da normalidade. E eu me vejo nesse momento assim, principalmente musicalmente, os meus novos projetos estão trazendo muito essa característica de sair um pouco da normalidade", declarou à "Caras".
Vitão também falou sobre a decisão de passar a usar roupas sem gêneros. "Essa concepção chegou para mim com toda a ideologia do meu processo do meu álbum novo, porque é um álbum que não tem gênero. Ele justamente traz isso, é um álbum que é muito fluido, ele tem uma fluidez que transita por muitos e muitos gêneros, estilos e ritmos. Tudo na minha vida nasce a partir da minha música, isso acabou se espelhando também a minha estética, nas minhas ideias", disse.
Vitão ressaltou que ele não é a primeira pessoa a usar a moda para se expressar com mais liberdade. "Ney Mato Grosso já trazia esse tipo de ideologia na época dele, Caetano Veloso, enfim, tantos artistas já trouxeram dessa desconstrução, desses dogmas que a gente tem socialmente. E eu sempre achei isso sensível e muito grandioso, e sempre achei que traz uma liberdade muito legal pra gente como ser humano", declarou.
Vitão reclamou ainda do conservadorismo: "O Brasil é um país um tanto difícil em relação à aceitação das pessoas, ao público e ao conservadorismo que está muito enraizado na alma das pessoas. Eu tenho que pensar no todo, e sempre deixar muito claro que a minha forma de vestir, de pensar, de me portar, de maquiar, qualquer coisa do tipo, é só a minha forma de ser e de me curtir naquele dia específico, não necessariamente tem que influenciar outras pessoas, que outros jovens tenham que fazer isso também".