Marília Mendonça usou a internet para compartilhar um texto motivacional escrito por ela mesma com seus seguidores. Em dois vídeos publicados em seu perfil no Instagram, a cantora que, durante participação no "Domingão do Faustão", fez discurso empoderado e relatou ter enfrentado machismo para conquistar seu espaço como artista aconselhou os fãs a não desistirem de seus sonhos e não ficarem abalados com os comentários negativos de outras pessoas.
Na legenda da publicação, a sertaneja que interrompeu um show para informar que a acreana Gleici, por quem declarou torcida, havia vencido o "BBB18", afirmou se preocupar com seus seguidores que desistiram de batalhar por seus objetivos pessoais. "Quantos sonhos você já matou hoje? Quantas palavras de derrota você proferiu na vida de pessoas que estão em batalha constante para alcançar o que almejam? 'Você nunca vai passar no vestibular', 'você não vai conseguir', 'você não combina com isso', 'mexer com arte é pra gente desocupada', 'seu trabalho é ruim', 'sua música não vende', 'nunca vai dar certo', entre outras. Escrevi tudo isso pensando em alguém que já desistiu, para te fazer lembrar de nunca desistir! Quis postar de madrugada porque sei que você tá aí em claro, remoendo tudo que o mundo tem dito, com insônia, medo e tudo isso. Tampe os ouvidos pro que te ataca. Fica firme aí!", orientou Marília Mendonça.
Em texto poético, a goiana que afirmou ter medo de se casar provoca seus admiradores a pensarem sobre os próprios desejos e conta uma história que pode ser comparada à sua história de vida. "Você já sonhou um dia? 'Que pergunta clichê', alguém diria. Você já lutou para isso? Todo dia, todo dia, mas está difícil. Difícil e, por isso, eu desisti no primeiro passo ao levantar da cama. Ah, sei lá... A vida as vezes engana. Ninguém me apoia, ninguém se importa, e as retinas tortas que me fecham as portas. Sabe como é, né? É que eu não estou na moda", declarou Marília Mendonça, que atualmente cobra cerca R$ 350 mil de cachê por show. Na continuação, a artista alfineta os críticos: "Pois é, seu moço, já foi tanto esforço em vão, tanto 'não', só catando migalha de pão velho amanhecido, correndo perigo de ser chamada de louca por entrar na contramão bem na frente de um caminhão. Foi assim que fui deixando o sonho no chão, estraçalhado pelo acidente que é ser verdade. Tantos pedaços meus nessa cidade e o povo disse: 'Que pena. Mais um sonho morto, velório, enterro, lágrimas de novo'. Mais um sonho morto pela língua de quem não entende o novo, de quem não sabe o que sofro, ou melhor, o que sofri. Porque agora, moço, agora eu não saio mais daqui".
(Por Carol Borges)